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Não há como negar o crescimento da indústria farmacêutica. De acordo com uma pesquisa feita pela Interfarma, o faturamento do setor registrou uma alta de 62% nos últimos cinco anos, totalizando R$ 146,7 bilhões em vendas. Os dados apontam para o momento atual do segmento que busca atender a demanda crescente da população. No entanto, mesmo que a área vivencie a sua melhor fase, ainda assim, desafios em relação à distribuição desses medicamentos também fazem parte dessa atual realidade.
É o que explica Paulo Pompêo, head de Life Science do Grupo INOVAGE. “Desde a pandemia, a indústria farmacêutica vem despontando seu protagonismo. Presenciamos o aumento significativo na realização de pesquisas e desenvolvimento de medicamentos, à medida que novas doenças e problemas de saúde foram acometendo a população. Por sua vez, mais do que produzir, cabe ao setor a responsabilidade de distribuir os remédios, e garantir que chegue até o cliente final”, diz.
Entretanto, essa não é de longe uma tarefa simples. Segundo Pompêo, em se tratando de um país de tamanho continental como o Brasil, esse desafio é ainda mais acentuado. Isso é, diferentemente de outros segmentos, a distribuição de medicamentos exige cuidados desde o transporte o qual dependendo da matéria-prima, necessita de um veículo específico, até as dificuldades de entregar tais produtos por vias convencionais, levando em conta as diversas localidades.
“Nessa jornada, sem dúvidas, a incorporação de novas tecnologias pode ajudar a melhorar significativamente esse processo em termos de eficácia, segurança e assertividade”, ressalta o especialista que, além desses pontos, destaca quatro melhorias que o setor de distribuição de medicamentos pode obter por meio do uso de recursos tecnológicos:
1 Logística mais eficiente: através de sistemas de rastreamento, é possível acompanhar em tempo real o trajeto até a entrega dos remédios, assegurando que irão chegar no local corretamente, ou até mesmo, solucionar com agilidade e precisão eventuais transtornos no trajeto.
2 Automação de processos: ao deixar de realizar manualmente atividades como embalagem, etiquetagem, entre outras, ganha-se maior velocidade das operações que antecedem a etapa final de distribuição, garantindo que seja diminuída as chances de erros ou falhas humanas.
3 Monitoramento: com a ajuda de sensores, é possível garantir que os medicamentos que possam ser sensíveis à temperatura, como exemplo, sejam transportados e armazenados nas condições adequadas, evitando sua degradação.
4 Rastreabilidade: sem dúvidas, esse é um dos grandes ganhos que a tecnologia promove para o setor de distribuição. Ou seja, é possível rastrear lotes completos de medicamentos, contribuído para maior segurança tanto da empresa quanto do paciente, e assertividade frente a gestão no dia a dia.
“Cabe enfatizar que todos esses ganhos são inclusos a partir do uso de um sistema de gestão, como um ERP. Levando em conta o setor possui uma gama de especificações e normas a serem atendidas, a ferramenta possui ampla aderência com as peculiaridades do segmento, bem como pode ser customizada a fim de garantir às características da empresa, facilitando em todo o planejamento e atividades a serem executadas”, salienta Pompêo.
E continua: “Contudo, precisamos destacar que nenhum software sozinho irá solucionar todos os desafios da gestão da distribuição de medicamentos. Para assegurar sua eficácia, é primordial que a escolha do software leve em conta os objetivos do negócio, e sua implementação envolva todo o time. Nesse processo, contar com o apoio de uma consultoria especializada faz total diferença, uma vez que irá direcionar a empresa desde a escolha da ferramenta, até na implementação final”.
O especialista finaliza dizendo que a indústria farmacêutica avançou muito até aqui, e seguirá crescendo à medida que a população demande mais medicamentos. “Diante disso, é crucial que as organizações o quanto antes busque potencializar a área de distribuição, a fim de garantir seu desempenho exponencial. Até porque, para garantir o amanhã, é preciso começar de hoje”.
por Verônica Macedo
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