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Dia de terror provoca pânico e deixa ruas desertas no Equador

 

Foto: Rodrigo BUENDIA / AFP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A explosão da crise de violência no Equador após o chefe da principal quadrilha do país fugir da prisão vem provocando caos nas ruas do país. Lojistas fecharam as portas, funcionários voltaram às pressas para suas casas, o que provocou congestionamentos, e áreas que costumam ser movimentadas ficaram desertas, de acordo com a imprensa local.

O Equador está sob estado de exceção em meio a uma onda de criminalidade que deixou ao menos dez mortos. O presidente Daniel Noboa assinou na terça-feira (9) um decreto em que reconhece que o país enfrenta um “conflito armado interno” e ordenou ações para “neutralizar” os grupos criminosos.

A violência causou pânico em municípios de todas as regiões equatorianas. Maior cidade do país, Guayaquil colapsou, disse o jornal equatoriano Expresso. A publicação relata medo e correria após ações coordenadas de criminosos, que provocaram explosões e sequestraram policiais. Quem não conseguiu voltar para casa se abrigou em restaurantes ou empresas que fecharam as portas.

Na Universidade de Guayaquil, invadida por homens armados, alunos e professores correram assustados pelo campus e se refugiaram em salas de aula. O Ministério da Educação suspendeu as atividades de escolas de todo o país pelo menos até a sexta-feira (12).

Várias outras instituições foram esvaziadas em todo o país. Órgãos públicos permaneciam fechados nesta quarta (10), e a Assembleia Nacional suspendeu as atividades presenciais.

O jornal Expresso diz que os ônibus de Guayaquil estavam lotados às 14h no horário local (16h em Brasília), e que às 16h os veículos haviam desaparecido das ruas. A capital Quito, assim como Guayaquil, também registrou congestionamentos incomuns na tarde de terça.

As ações criminosas ocorreram após Noboa, que enfrenta sua primeira crise desde que assumiu a Presidência em novembro, decretar um estado de exceção de 60 dias em todo o país. A medida inclui um toque de recolher de seis horas, de 23h às 5h.

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