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A fotógrafa Fabiana Coelho de Sousa e o goleiro Éverson - Foto: Reprodução/TV Globo e Pedro Souza/Atlético-MG |
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou a fotógrafa Fabiana Coelho Souza por perseguição e extorsão contra o goleiro do Atlético-MG, Éverson.
O atleta, que já chegou a ser convocado para a seleção brasileira, virou caso de polícia ao trair a mulher e sofrer extorsão da suposta amante.
A investigação inicial sugeria que Fabiana estaria chantageando o jogador, exigindo quantias em troca de manter em segredo um suposto relacionamento extraconjugal que os dois mantinham. Ela alegou que acreditou nas promessas de casamento feitas pelo atleta.
Em um comunicado, a equipe jurídica de Fabiana Coelho Sousa reagiu com surpresa ao indiciamento, expressando que não estava antecipando tal desfecho devido à "ausência de provas substanciais". Além disso, levantaram dúvidas quanto à imparcialidade da investigação em andamento.
"A celeridade e o rigor com os quais os procedimentos foram conduzidos nos chamaram a atenção, [...], que raramente seguem esse ritmo acelerado. O modo como as informações foram divulgadas à mídia, a rápida manifestação do jogador e a apreensão acelerada de objetos evidenciam, a nosso ver, um tratamento diferenciado por parte de segmentos da Polícia Civil de Minas Gerais", diz trecho da nota da defesa da fotógrafa".
A nota também realçou que Fabiana sofreu com "ridicularização e descredito" desde o início das investigações, um reflexo, segundo eles, "de uma sociedade permeada por machismo e preconceituosa".
Desde junho, a Polícia Civil de Minas Gerais vinha conduzindo a investigação. O caso ganhou destaque quando agentes policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência da fotógrafa, localizada no bairro Céu Azul, em Belo Horizonte, seguindo a determinação de uma juíza da cidade de Lagoa Santa, na Região Metropolitana.
Na ocasião, Fabiana negou as acusações, mas a Polícia Civil informou que ela havia confessado o delito em um dos depoimentos.
Além disso, a Polícia esclareceu que havia registros de conversas por meio de aplicativos de mensagens que revelavam "certas ameaças e a exigência de valores" para que o relacionamento entre eles não fosse revelado publicamente.
De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de perseguição pode levar a uma pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. Já o crime de extorsão tem uma pena prevista de quatro a dez anos de prisão, também acompanhada de multa.
por Juliana Barbosa
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