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A Petrobras fechou com a Volvo contrato para o fornecimento de diesel R5, com 5% de conteúdo renovável, informou a estatal nesta quinta-feira, 24. A Volvo será a primeira montadora a empregar, exclusivamente, o diesel R nas operações de seu complexo industrial de Curitiba (PR), onde produz caminhões e chassis de ônibus.
“A Petrobras foi a primeira empresa no Brasil a desenvolver tecnologia própria de coprocessamento de matéria-prima renovável no refino, além de projetar e implantar em nossas unidades o diesel com conteúdo renovável. Temos a satisfação de iniciarmos essa parceria comercial com a Volvo, uma empresa reconhecida internacionalmente pela preocupação ambiental”, disse em nota o diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, Claudio Schlosser.
O combustível a ser utilizado na fábrica da Volvo é produzido pela Petrobras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, a partir do coprocessamento de derivados de petróleo (parcela mineral), com matérias-primas renováveis, como óleo de soja.
“Esse novo combustível é uma alternativa sustentável no ciclo diesel, pois a redução das emissões associada à parcela renovável é de, ao menos, 60%, em comparação com o diesel mineral, podendo ser até maior, a depender da matéria-prima utilizada”, informou a estatal.
Até o fim do ano, a Petrobras terá capacidade de produzir e ofertar o diesel R também na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, como antecipou este mês ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim.
A empresa pretende conseguir um mandato para que o diesel R possa ser aprovado na mistura obrigatória no diesel, hoje em 12% e atendida integralmente pelo biodiesel e deve chegar a 15% em 2026.
De acordo com o diretor de Estratégia de Produto Caminhões da Volvo, Alan Holzmann, cálculos mostram que a adoção do diesel R, na configuração R5, no complexo industrial da Volvo em Curitiba trará uma significativa redução nas emissões industriais.
“Uma grande vantagem é que o novo combustível pode ser usado diretamente ou até ser misturado ao diesel convencional em diferentes proporções, sem a necessidade de adaptações nos motores. Também não é necessário alterar nada na cadeia logística de distribuição ou nos processos de armazenamento”, disse o executivo,
Ainda em 2023, na Repar, a capacidade de produção do diesel R5 será ampliada, passando dos atuais 5 milhões de litros por dia para até 12,3 milhões de litros por dia.
Estadão Conteúdo
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