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Petroleiros querem investigar relação da Acelen com joias de Bolsonaro

 

Divulgação/Petrobras 

A polêmica envolvendo as joias trazidas de forma ilegal para a Brasil como presente para Michelle e Jair Bolsonaro (PL) ganha mais um capítulo. Desta vez, petroleiros, através da Federação Única dos Petroleiros (FUP) pediram ao Ministério Público Federal (MPF), investigação para uma eventual relação entre as joias e a venda da refinaria baiana, Landulpho Alves (Rlam), propriedade da Acelen.

No último sábado (04), o Ministério Público Federal (MPF) em Guarulhos foi acionado pela Receita Federal para apurar o caso. Com informações e imagens dos bens apreendidos no aeroporto internacional de São Paulo, em outubro de 2021, a representação foi distribuída para uma procuradora do MPF na cidade. As peças, avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, seriam um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle. O assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, Marcos André dos Santos Soeiro, foi o responsável por transportar as joais.

A venda da Rlam foi concluída pela Petrobras em novembro de 2021. A refinaria foi vendida para o Mubadala Capital, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,8 bilhão.

De acordo com o Estadão, além da semelhança das datas e dos locais, a FUP ressalta ter conhecimento de que se tratam de nações distintas, mas afirma que “há de se ressaltar a proximidade geográfica e a aliança estratégica entre os dois países”.

Ainda de acordo com a federação, “o fato se agrava pelo fato de em uma entrevista recente o ex-presidente ter afirmado que ‘eu estava no Brasil quando esse presente foi acertado lá nos Emirados Árabes’. Ato falho ou não, as datas batem. Qual seria o motivo das joias virem escondidas e não declaradas, como de praxe em uma relação diplomática entre dois países? Há relação entre a venda da Rlam abaixo do mercado e estas joias? A denunciante não pode afirmar de maneira contundente, mas esta afirmação gera dúvida que merece, ao mínimo, investigação a ser realizada por este Ministério Público Federal. As joias não foram declaradas como acervo público”, questiona.

O esconderijo do segundo lote de joias enviado pelo reinado da Arábia Saudita ao Brasil foi descoberto pela Polícia Federal, nesta terça-feira (07). O kit, formado por um relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha rose gold, todos da marca suíça Chopard, está guardado no acervo privado do então presidente Jair Bolsonaro.

Os policiaos obtiveram um documento que indicando que as joias foram registrados como bens pessoais de Bolsonaro. Mas vale lembrar que presentes entregues a qualquer chefe do executivo devem fazer parte do patrimônio da União.

Cadastrado por Daniela Pereira

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