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Biden aprova projeto polêmico de extração de petróleo no Alasca

 

Foto: Casa Branca/Reprodução

Jéssica Maes

São Paulo, SP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou nesta segunda-feira (13) um projeto de extração de petróleo no Alasca. Batizado de Willow, o empreendimento vem enfrentando forte oposição devido ao seu impacto ambiental e climático.

A iniciativa de US$ 8 bilhões da companhia ConocoPhillips vai ser uma das maiores do tipo em solo americano e deve fornecer até 600 milhões de barris de petróleo em 30 anos. O campo de petróleo é localizado na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca, que pertence ao governo americano e é de grande importância para a biodiversidade.


A queima dos combustíveis fósseis extraídos de Willow poderia liberar quase 280 milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Os Estados Unidos são o maior emissor histórico de carbono e segundo maior poluidor anual, ficando atrás apenas da China.


No início de fevereiro, o relatório de impacto ambiental emitido pelo Departamento de Gestão do Território apontou “preocupações substanciais” com o projeto, devido às emissões de gases de efeito estufa e o impacto para a vida selvagem e comunidades indígenas.


Ativistas e ambientalistas vinham fazendo uma campanha para impedir a aprovação, que mobilizou milhares de pessoas nas redes sociais, em especial no TikTok, onde vídeos com a hashtag #StopWillow acumulam milhões de visualizações.

Os protestos online também resultaram em mais de um milhão de cartas enviadas à Casa Branca, assim como uma petição que acumula mais de 3,2 milhões de assinaturas.


Em nota, Ryan Lance, presidente e diretor executivo da ConocoPhillips, disse que esta foi “a decisão certa para o Alasca e nossa nação” e que o projeto “se encaixa nas prioridades do governo Biden em justiça ambiental e social”.


A bandeira climática foi uma das principais na campanha do presidente americano, que chegou a dizer “chega de perfuração [para petróleo e gás] em terras federais, ponto final”.


De acordo com o jornal The New York Times, junto com a autorização, o governo americano declarou que vai restringir a exploração de petróleo marítimo no Oceano Ártico e na Encosta Norte do Alasca, região onde vai ser instalado o projeto Willow, em um aparente esforço para moderar as críticas sobre a decisão.

O Departamento do Interior disse que emitiria novas regras para bloquear a extração de petróleo e gás em mais de 52 mil km² dos 93 mil km² que formam a Reserva Nacional de Petróleo do Alasca.


O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.

Por FolhaPress

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