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Primeiros 5 novos nomes da diretoria da Petrobras geram repercussão positiva

 

Foto: Banco de Imagens

Os primeiros cinco novos nomes da diretoria da Petrobras anunciados na noite da quinta-feira, 2, agradaram o mercado financeiro, que considerou a lista com forte teor técnico, o que acaba de vez com o fantasma de possíveis indicações políticas que poderiam trazer mais incerteza para a estatal. No radar, porém, ainda estão as mudanças que serão implementadas, principalmente em relação à política de preços.

“Todos são de carreira e não acredito que terão dificuldades em aprovar. A questão ainda fica para as incertezas sobre o que o novo CEO mudará na Petrobras”, avaliou o analista da Mirae Asset Pedro Galdi.

Ele destacou que ainda faltam várias questões a serem conhecidas pelo mercado, como a nova concepção de política de dividendos, de desinvestimentos, a revisão do Plano Estratégico 2023-2027, e a definição sobre possíveis mudanças da política de paridade de importação (PPI).

Para Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, a opção pela “prata da casa” reduz os temores de interferências políticas na estatal

“Ainda que sigamos acreditando que mudanças relevantes acontecerão na companhia, a opção por escolhas técnicas possivelmente vai atenuar em parte o temor do mercado com a ocorrência de intervenções em maior escala na companhia durante o próximo ciclo. De maneira geral, a tecnicidade dos nomes sugere que as mudanças ocorrerão de forma mais gradual na empresa, o que consideramos positivo”, disse Arbetman.

Ele ressaltou que a única exceção ficou por conta do indicado à diretoria de Transformação Digital e Inovação, “mas que tem um bom histórico de atuação em empresas privadas”, afirmou.

Os cinco nomes divulgados na quinta-feira pela Petrobras ainda vão passar pelos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da companhia, encaminhada para apreciação do Comitê de Pessoas e, em seguida, deliberação do Conselho de Administração, informou a empresa.

Segundo fontes, Prates indicará em breve outros dois diretores, um deles possivelmente uma mulher, ainda em fase de sondagem, e optou por fatiar a divulgação dos nomes para adiantar o processo de avaliação, e afirma a interlocutores que não há pressa.

O diretor Financeiro, Rodrigo Araújo, está de férias e só volta no próximo dia 13, quando deverá ser demitido.

Em seu lugar, segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), será nomeado o gestor baiano Sérgio Caetano Leite, hoje subsecretário de programa do Consórcio do Nordeste.

“Não fica ninguém. Mas sem pressa. Estamos aguardando duas entrevistas, o processo é muito meticuloso de seleção. Melhor demorar um pouco mais do que correr e aumentar a chance de erros”, disse a fonte.

Com exceção do escolhido para a diretoria de Transformação Digital e Inovação, Carlos Augusto Barreto, próximo a Prates, todos os outros nomes são de carreira da companhia.

Escolhido para o lugar de Cláudio Mastella, o novo diretor de Comercialização e Logística, Claudio Schlosser, é engenheiro químico e entrou na Petrobras em 1987.

Para a diretoria de Desenvolvimento da Produção, hoje ocupada por João Henrique Rittershaussen, Prates indicou o engenheiro mecânico Carlos Travassos, há 33 anos na Petrobras. Para a cobiçada diretoria de Exploração e Produção, hoje liderada por Fernando Borges e que detém mais de 80% do orçamento da companhia, Prates escolheu o engenheiro mecânico Joelson Falcão, também desde 1987 na Petrobras.

A diretoria de Refino e Gás Natural ficará com o engenheiro químico. William França, na estatal há 35 anos.

Estadão conteúdo

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