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Professora é demitida após responder dúvida de alunos e revelar "de onde os bebês vêm"

 

Reprodução // Facebbok Elaine Cosmo 

Uma professora de 38 anos denuncia que foi demitida após explicar a alunos de uma turma do 5º ano “de onde os bebês vêm”. O caso ocorreu em uma escola particular de Cerejeiras, em Rondônia, no final de outubro, e gerou bastante repercussão.

Em conversa com o BHAZ, Elaine Cosmo explica que estava lecionando normalmente no dia 24, na Escola Dimensão, quando uma das estudantes levantou o assunto. “Ela falou: ‘perguntei pra minha mãe de onde vêm os bebês e ela disse pra eu perguntar pra senhora’. Na hora, fiquei até meio constrangida, porque a maioria dos alunos já sabe, né, eles têm 10, 11 anos”, diz a pedagoga.

Elaine pediu que, quem já soubesse a resposta, levantasse a mão. A maioria dos estudantes levantou, somente quatro ficaram de fora. Assim, ela começou a explicar e pediu que aqueles que já sabiam permanecessem em silêncio.

“Falei que precisa de um homem e uma mulher. Os dois juntos, maiores de idade, responsáveis e se amando, vão conceber o bebê no ato sexual. Disse que o homem fabrica o espermatozoide e a mulher gera a criança no útero. Que todo mundo já foi espermatozoide um dia”, recorda.

Segundo a publicação, a professora foi embora normalmente e, no dia seguinte, uma mãe de aluno ligou por volta das 13h. Ela disse que as mães do 5º ano haviam criado um grupo no WhatsApp, onde estariam “detonando” Elaine. Já que Elaine não tinha conhecimento do grupo, a mãe ainda alertou sobre uma reunião que as mulheres marcaram com a direção, por volta das 14h30. Às 17h15, a professora foi chamada e demitida pela diretora e coordenadora.

“A diretora me questionou como havia sido a aula, eu contei como tinha acontecido. Sete mães foram à escola dizer que eu fiz gestos obscenos e usei palavreado ‘diferenciado’, não adequado para a idade das crianças”, narra.

Mediante a denúncia, Elaine foi demitida no mesmo dia. Os pais ainda alegaram que ela estaria passando muito dever de casa e não olhava as apostilas dos alunos.

Elaine afirma que trabalhou no instituto por três meses, sem carteira assinada. Ela não teria recebido aviso prévio após a demissão e, inclusive, está entrando na Justiça contra a escola.

Em nota enviada à imprensa, a Escola Dimensão afirma que “a versão apresentada pela professora não corresponde em nenhum momento com a realidade dos fatos”.

A instituição de ensino diz que não existe a disciplina “reprodução humana” no material escolar. Ainda, a demissão não ocorreu somente devido ao tema apresentado em aula, “posto que, apesar de ser uma tópico sensível para nossas crianças, há de ser considerado um planejamento pedagógico juntamente com a Equipe Gestora adequado para poder se ministrar aulas sobre educação sexual”. Por fim, a escola defende que trabalha na cidade há mais de 27 anos e sempre teve como fundamento basilar o ensino de qualidade e excelência.

Cadastrada por Rafael Albuquerque

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