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Dono de bar é acusado de estupro em Brasília; mulheres relatam abusos

Reprodução/Instagram

 Um dono de bar é acusado de estuprar ao menos 12 mulheres em Brasília, no Distrito Federal, entre os anos de 2004 e 2018, segundo apuração do site Metrópoles. As vítimas registraram boletim de ocorrência indicando Gabriel Ferreira Mesquita, dono do bar "Bambambã", como suposto autor dos crimes.

Os relatos vieram à tona após uma publicação feita por Laura*, em janeiro de 2020, repercutir nas redes sociais, onde a jovem narra que era frequentadora assídua do estabelecimento. No entanto, certo dia, após conversar com o acusado e beber drinks dados por ele, ela adormeceu, acordou “sem memórias” e com a “horrível sensação de que violaram” seu corpo.

“Desde esse dia meu corpo nunca mais foi o meu corpo. Precisei tomar mil remédios a fim de me prevenir doenças. Infelizmente, nenhum deles foi capaz de evitar o estrago psicológico”, afirmou à época.

A partir de Laura, outras mulheres que não se conheciam de várias partes do Brasil e até mesmo do exterior entraram em contato com ela afirmando terem enfrentado situações semelhantes. Uma delas, segundo a reportagem, foi de Rute*, que, segundo ela, conheceu Gabriel por meio de amigos em comum. Com o tempo, passaram a se ver com mais frequência, até o empresário convidá-la para visitar a casa dele.

“Ele era amigo dos meus amigos. Conhecia todo o meu ciclo. No momento em que tudo aconteceu, e me vi em uma situação que não conseguia sair, entrei em choque. Não sabia o que fazer. Quando ele terminou, levantou e foi ao banheiro como se nada tivesse acontecido. Foi tudo tão violento, que até hoje sofro com as sequelas físicas e psicológicas do que ele fez comigo”, afirmou.

Após esses relatos, pelo mais cinco mulheres relataram ao Metrópoles terem sido vítimas. “Tudo aconteceu em uma noite após o aniversário de um amigo. Ele me levou até o quarto, onde, inicialmente, consenti a relação. Quando terminamos, e após certo tempo, adormeci. No meio da madrugada, no entanto, fui acordada de forma extremamente violenta, com ele me virando de bruços e forçando sexo anal”, contou Maria*, uma delas.

Camila* conheceu Gabriel em 2006 e, à época, segundo ela, Gabriel foi a sua a convite de uma colega. Com um vinho, ele teria oferecido a bebida às mulheres, mas apenas Camila aceitou, já que a conhecida estaria de carro e saiu pouco tempo após a chegada do empresário, deixando ambos sozinhos.

“Tempo depois de eu ter bebido, comecei a me sentir grogue e sem o controle do meu corpo, momento em que o Gabriel me arrastou para a cama. Lembro que ele estava em cima de mim, me beijando, e eu pedindo para ele parar, mesmo sem conseguir me mover. Não tinha forças para sair dali. Só conseguia pensar ‘meu Deus! Como isso foi acontecer?’. Depois, apaguei completamente e só acordei na manhã do dia seguinte, com dores nas partes anal e vaginal. Havia, em cima de um móvel, um bilhete dele descrevendo um detalhe do abuso”, revelou Camila.

Ao site, a defesa de Gabriel disse que, das “12 ocorrências registradas, sete foram imediatamente arquivadas judicialmente”. “Sobre os demais casos que estão em andamento, reitero que considero a inocência de meu cliente. Todavia, por respeito ao Poder Judiciário, sendo o caso sigiloso, nossas manifestações serão técnicas e ocorrerão nos autos do processo”, afirmou Bernardo Fenelon, advogado do empresário.

Redação BNews

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