Ao menos seis deputados da base de sustentação do governador Rui Costa (PT), ouvidos pelo BNews nesta segunda-feira (7), avaliaram de forma negativa as últimas decisões sobre a montagem da chapa da situação.
O mais duro golpe, na avaliação dos parlamentares, foi a desistência do senador Jaques Wagner (PT) em disputar o governo estadual. Em seguida, a estratégia minguada de colocar o senador Otto Alencar (PSD) como cabeça de chapa. A decisão irreversível de Otto de concorrer ao Senado impossibilitou a execução da estratégia.
E, por último, a declaração de Wagner nesta segunda que, após uma reunião entre a cúpula petista, o PT decidiu por conta própria indicar a cabeça de chapa com três nomes na mesa. Além disso, avisou que Rui não iria mais sair da administração estadual antes do término do seu mandato.
Conforme um deputado falou ao BNews, nenhum dos três indicados por Wagner (Moema Gramacho, Luiz Caetano e Jerônimo Rodrigues) conseguirá liderar o processo de forma vitoriosa.
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Outro parlamentar comparou esta arrumação com a eleição de 2018, quando, para ele, ACM Neto entregou a vitória ao PT, pois sabia que iria perder. Na ocasião, o ex-prefeito de Salvador desistiu da candidatura e lançou o nome de José Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana, à disputa. O desempenho do então democrata foi pífio, conseguindo apenas 22% dos votos válidos.
Outro deputado, em condição de anonimato, disse que hoje “só os petistas comemoram”, enquanto todos os outros estão desanimados. Isto porque, segundo ele, uma cabeça de chapa do PT ajudaria a eleger com mais facilidade uma bancada do partido.
Manu Dias/GOVBA João Brandão
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