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Carnaval: “O do rico está resolvido e o dos pobres?”, pressiona Bruno Reis


 Se a decisão final fosse tomada nesta quinta-feira (16) seria um sonoro não para o Carnaval do ano que vem. Mas outros fatores ainda suscitam a possibilidade da realização da festa, apesar da ainda pandemia do Coronavírus. O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), em conversa com a imprensa, tratou mais uma vez sobre o assunto e demonstrou preocupação da folia de rua para a população mais pobre.

De acordo com o prefeito, as festas em locais fechados, com venda de ingresso, estão praticamente resolvidas, mas a população sem condição financeira que ia para rua ver grandes atrações ficaria a mercê.

“O Carnaval do rico de certa forma está resolvido e o dos pobres vai ser o que? O que nós vamos oferecer pra aquela pessoa que vai pra rua pra ver Ivete Sangalo de graça, pra ver Bell, Márcio Vitor, pra ver todos os nossos artistas de graça? O que é que nós vamos oferecer pra essas pessoas? Então nós temos que avaliar. E se vai ser possível oferecer, diante de como esteja a pandemia”, disse.

Bruno Reis reiterou a necessidade da reunião com o governador Rui Costa (PT) para a batida final do martelo sobre o caso. O encontro que aconteceria nos últimos dias teve a tratativa interrompida por causa da tragédia das enxurradas no Extremo Sul da Bahia.

PREJUÍZO - O chefe do Executivo soteropolitano também comentou a corrida para resolução do caso até o final de novembro, fato que não aconteceu. Ele explicou que o trade do Carnaval havia dado um prazo que pudesse viabilizar a confecção de abadás, comercialização dos acessos e a organização das estruturas.

“Eu teria condições de fazer, organizar um Carnaval de trinta dias. O problema estava nos outros atores. Os camarotes que precisam contratar e montar estruturas, os blocos com corda precisam contratar seus abadás. Esses diziam claramente: se não tomasse decisão até o final de novembro não iriam participar do Carnaval de 22. E muitos anunciaram que não irão participar”.

“Eu entendo, consigo colocar no lugar deles porque estamos praticamente há dois anos sem qualquer receita e aí vão correr o risco e de repente tomar um prejuízo e agravar ainda mais a sua situação financeira. Muitos estão dizendo que não voltam mais em 23 porque dois anos sem se desfilar, sem recursos, inviabiliza então infelizmente e nós vamos perder instituições”, completou.

Grandes nomes como Bell MarquesDaniela Mercury, Léo Santana e o Camarote Expresso 2222 foram alguns desses atores, conforme citado pelo prefeito, que já anunciaram distância da festa do próximo ano.

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