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Duas cidades paulistas colocarão no fim da fila quem escolher marca da vacina contra Covid-19


 A Prefeitura de São Bernardo (ABC), gestão Orlando Morando (PSDB), e a Prefeitura de São Caetano, gestão Tite Campanella (Cidadania), adotaram, a partir desta quinta-feira (1º), um novo protocolo para pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 por causa da marca do imunizante. Quem não quiser se vacinar com o imunizante disponível no posto de saúde no momento terá que aguardar o final do processo de imunização de toda a população adulta nas cidades para ter acesso novamente à dose de proteção contra a doença.

Em São Bernardo, a medida exigirá a assinatura do termo de “recusa e responsabilidade” por pessoas que se negarem a receber a aplicação da vacina. Segundo a prefeitura da cidade, as ações foram adotadas após cerca de 300 pessoas desistirem da aplicação do imunizante, somente nesta semana, assim que souberam da marca do fabricante que seria utilizado. Um decreto com as regras será publicado nesta sexta-feira (2).

Durante a transmissão em uma rede social na quarta (30), Morando disse que o objetivo da ação é conscientizar as pessoas e preservar o fluxo do processo de vacinação da cidade. “Vacina não é para escolher. Você lembra a marca da vacina que tomou de gripe? Não lembra. Todos os imunizantes ofertados em São Bernardo são aprovados pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e cumprem o seu papel, de salvar vidas”, diz o prefeito de São Bernardo.

​"Não se vacinar é um direito seu, ninguém faz nada obrigado. Mas também é um direito nosso colocar no fim da fila", completa Orlando Morando.

O documento passa a estar presente em todos os postos de vacinação do município e será anexado ao prontuário do paciente da rede municipal de Saúde, informando que a cidade ofertou a vacina dentro do calendário e no prazo estipulado pelos Planos Nacional e Estadual de Imunização e que a pessoa se recusou a tomar a dose.

Tite Campanella, prefeito de São Caetano, ressalta a importância da vacina. “A pandemia e a desinformação criaram este novo tipo novo de profissional, o 'sommelier de vacina'. Aquele que, após poucos minutos de pesquisa na internet, se considera apto a dizer qual vacina é a melhor, como se fosse um pesquisador renomado em imunologia”, diz o político. “Não há vacina melhor ou pior. Todos os imunizantes autorizados pela Anvisa são seguros e com eficácia muito semelhante. Não justificando, portanto, qualquer diferenciação”, completa.

Atualmente, São Bernardo está vacinando o público de 40 a 49 anos, por meio de agendamento prévio. Já em São Caetano, de acordo com o calendário estadual, os moradores com 18 a 24 anos receberão a primeira dose até 15 de setembro.

São Caetano ainda afirma que somente poderão fazer o reagendamento depois da vacinação de toda a população adulta, e sem qualquer garantia de que a de sua preferência estará disponível. Além disso, a prefeitura diz que para tentar impedir que a população escolha a vacina e trave o bom andamento da imunização na cidade, deixou de informar antecipadamente a origem do imunizante a ser aplicado em cada grupo. Agora, as pessoas só tomam conhecimento de qual vacina receberá no momento da aplicação.

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BNews  Por: Folhapress


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