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CPI da Pandemia cria núcleo para investigar hospitais federais do Rio e suposta conexão com Flavio Bolsonaro


 A CPI da Pandemia montará um núcleo que se dedicará a investigar exclusivamente supostas irregularidades em hospitais federais do Rio. Um dos focos dessa linha de investigação é buscar conexões do senador Flávio Bolsonaro (Patriota) com a indicação de cargos para estas instituições e outras organizações sociais que atuam na área. 

A hipótese surgiu após o depoimento do ex-governador do Rio, e ex-aliado dos Bolsonaros, Wilson Witzel. O filho do presidente afirma que a CPI tem objetivo político de desgastar o governo. De acordo com O Globo, o colegiado recrutará agentes da Polícia Federal e designará consultores para se debruçarem sobre os contratos e a gestão dessas unidades. 

A decisão, segundo a publicação, foi tomada na última quinta-feira (15) pela cúpula da comissão. A avaliação é de que “já faltam braços” para apurar os casos em andamento, como o da vacina indiana Covaxin e o envolvendo a empresa Davati.

Em 2019, um aliado do senador, que foi diretor do Ministério da Saúde, enviou ofícios sugerindo trocas nas gestões dos hospitais e até indicou um nome para comandar o Hospital Federal de Bonsucesso. Esse mesmo nome posteriormente foi designado pelo governo federal para uma cadeira na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Informações que chegaram aos parlamentares indicam uma suposta relação entre Flávio e  o empresário Edson Torres, que confessou ter participado de esquemas de corrupção na Saúde do Rio. A comissão pretende destrinchar os negócios de Torres. 

Os dois teriam se aproximado em 2016, quando o hoje senador foi candidato a prefeito do Rio pelo PSC, partido com o qual o empresário teria ligações, por meio do presidente da sigla, Pastor Everaldo.

A estratégia da CPI é analisar relatórios do Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e a quebra dos sigilos financeiros de organizações sociais que atuam em hospitais fluminenses e de empresas de Torres. Até agora, entretanto, não há provas de irregularidades envolvendo Flávio.

À publicação, o parlamentar Flávio nega que tenho qualquer relação com o funcionamento ou com nomeações em hospitais federais no Rio, que nunca viu Edson Torres. "Essa função cabe apenas à superintendência da Saúde no Rio de Janeiro", disse por meio de nota.

Classificação Indicativa: Livre  


 Por: Reprodução/Lula Marques  Por: Redação BNews

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