Um ex-policial militar que integrou a quadrilha do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, e de seu irmão, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, recebeu ameaças dentro do presídio onde estava após delatar o funcionamento do grupo à Justiça.
O homem confessou que era envolvido com a milícia e contou sobre a participação de antigos comparsas. De acordo com o Extra, o ex-PM afirmou que se tornou informante de policiais e teria sido o responsável por fornecer dados que resultaram na operação que terminou com 159 presos, em 2018, no sítio Três irmãos, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro.
Durante interrogatório na 2ª Vara Criminal de Santa Cruz em março de 2019, o delator admitiu seu envolvimento na maior milícia do RJ, que na época era chefiada por Carlinhos Três Pontes, morto em uma operação policial assim como Ecko.
O homem disse que sua atuação era na Baixada Fluminense e guardava armas de fogo para o grupo paramilitar. Pelo trabalho, ele recebia semanalmente R$ 500. Ele citou nomes de antigos aliados e suas funções, detalhando o funcionamento da quadrilha.
Ainda de acordo com o Extra, o ex-PM foi preso com duas pistolas e um fuzil em agosto de 2018, mas relatou que, quando foi capturado, não era mais militar. Ao tentar fazer acordo de delação premiada com o Ministério Público do Rio, ele disse ter sido ameaçado no presídio onde estava, assim como sua família, que precisou deixar o local onde morava.
O homem acredita que vazaram sua intenção de delatar e teriam oferecido R$ 500 mil para quem o matasse. Ele detalhou que a milícia chefiada por Carlinhos e depois, por Ecko, explorava diversas atividades como transporte alternativo, comercialização de botijões de gás, serviços de televisão a cabo clandestina, terraplanagem e loteamento de terrenos irregulares, além da cobrança de taxas.
Como confessou, o ex-PM conseguiu reduzir a pena e foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por integrar o grupo criminoso. /BNews
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