Dados da agenda do Ministério da Saúde, obtidos via LAI pela coluna da Malu Gaspar, do O Globo, mostram que o governo federal priorizou a negociação da compra de uma vacina indiana sem registro, enquanto a multinacional americana Pfizer, que conseguiu a autorização para aplicação de sua vacina em fevereiro, teve que esperar seis meses para um encontro com representantes do Ministério da Saúde.
Os americanos participaram de dez reuniões e tiveram que recorrer a muitas pessoas do governo para finalmente conseguir fechar um contrato. Já a Bharat Biotech, representada no Brasil pela importadora paulista Precisa Medicamentos, fez em quatro meses apenas seis reuniões e fechou contrato de R$ 1,6 bilhão para o fornecimento de 20 milhões de doses.
O valor do contrato da vacina indiana só poderá ser repassado aos fornecedores após a eventual aprovação emergencial ou o registro definitivo do imunizante. Ainda de acordo com a coluna, a fórmula para análise da eficácia deveria ter chegado ao Brasil em março, prazo que não foi cumprido.
Uma nova data foi estipulada pelos indianos, em abril, mas, novamente, o acordo não foi feito. No fim de março, a Anvisa negou a certificação de boas práticas de fabricação ao seu desenvolvedor, o laboratório Bharat Biotech, por conta de riscos sanitários e ausência de controle de qualidade após visitar suas instalações. /Por: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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