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Moradores relatam insegurança com ameaças de facções em Plataforma e Cajazeiras


 Brenda Conceição do Carmo, de 19 anos, morta com um tiro na cabeça na frente da filha de 2 anos por uma bala perdida no momento em que suspeitos passaram atirando no bairro do São João do Cabrito, em Salvador, no último sábado (07), é mais uma vítima da guerra entre facções que disputam o território. 

Moradores dessa localidade e adjacências, como Plataforma, desde então, se comunicam entre si para evitar sair de casa, já que os suspeitos são vistos circulando abertamente com armamento nas mãos, além de promoverem o clima de apreensão com tentativas de toque de recolher.  

BNews teve acesso a essas mensagens em que a facção que predomina na região informa sobre o toque de recolher para os comerciantes. A Polícia Militar informou que é improcedente esse tipo de ocorrência e que está ciente sobre briga entre traficante rivais, portanto, intensificou o policiamento com apoio da 14 CIPM. 

 

 

Outra região alvo de reclamações dos leitores é Cajazeiras 11. Na última segunda e quarta-feira, a reportagem recebeu áudios e vídeos com tiroteio intensos. Desde o domingo (08), o Centro Integrado de Comunicação (Cicom), recebeu denúncias de homens armados, especificamente no Loteamento Santo Antônio. 

Para diminuir a sensação de insegurança, a Rondesp Central ocupa a localidade, conforme explicou a Polícia Militar. Essa operação de intensificação já apreendeu quantidades de maconha, cocaína e crack, com a abordagem em veículos e pessoas. 

Homicídios 

O clima de terror provocado pelos suspeitos, infelizmente, não é exclusivo nas regiões de Cajazeiras e Plataforma. Apenas na noite desta quinta-feira (12), conforme noticiado pelo BNews, houve quatro homicídios na Vila Ruy Barbosa, Pau Miúdo e Valéria, além de Pau da Lima, em que os suspeitos dos crimes ousaram em cortar a energia elétrica da Rua da Ascenção, onde ocorria um tiroteio, para dificultar o trabalho dos policiais. Casas de moradores foram invadidas também. 

A investida notória da criminalidade nesta quinta, não passou despercebida pelas autoridades. O comandante de operações da Polícia Militar da Bahia, Humberto Sturaro atribui as ocorrências a saída de detentos da cadeia durante a pandemia. 
 

 

“Com a saída desses pessoas houve um acirramento pela disputa do tráfico, ao voltarem para as ruas estão tentando recuperar, isso agitou os ânimos entre grupos rivais, o que cabe a PM é ocupar essas localidades, com tropa especializadas para essas situações”, disse Sturaro. 

Ele afirma, ainda, que é uma situação pontual, mas preocupa pela vida de inocentes que são ceifadas, como o caso de Brenda relatado acima. “Um grupo ameaça o outro, ele passa naquela rua com alvos específicos e inocentes são vítimas. Eles precisam retornar ao cárcere privado”, lamentou. 

Sturaro explicou que os assassinatos cometidos tem características similares quanto ao mecanismo de estratégia dos bandidos. “Um grupo vai lá, toma um carro e em seguida passa na localidade alvo para dar recado aos rivais, abandona o veículo e se recolhe, ou seja, totalmente itinerante e nas áreas populares”. 

Como foi o caso de Brenda, os suspeitos abandonaram um veículo prata roubado próximo ao local do crime. Nesta quinta, a mesma situação ocorreu em Vila Ruy Barbosa e imagens do circuito de segurança flagraram os acusados saindo de uma mini van, com a farda de uma empreiteira que não foi identificada, em seguida evadiram fuga, abandonando o veículo. 

Assista

 

 

 

Sturaro garante que o núcleo de inteligência entre Civil, Militar e Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), estão alinhados compartilhando informações. “Obtivemos êxitos expressivos em números de prisão, mas, isso não basta. É sabido que a população por medo acaba colaborando para que seja difícil o acesso da polícia a capturar os bandidos, por isso, reforço que é importante denunciar e trabalhar conosco”.  // Polícia Militar  Por: Redação BNews


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