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Respirador de baixo custo projetado pela Nasa é desenvolvido na Bahia no combate à pandemia


O Senai Cimatec apresentou ao público nesta segunda-feira (24) o ventilador pulmonar VIDA, equipamento projetado por uma equipe de engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA e desenvolvido e fabricado pelo centro na Bahia em parceria com a empresa de produtos médicos brasileira Russer.
A possibilidade do projeto veio após a agência americana relizar chamamento público para licenciar a tecnologia, que atraiu 331 empresas do planeta e 30 do Brasil. Do total, 28 foram selecionadas – 9 delas dos EUA e 2 no Brasil (CIMATEC e Russer) – para desenvolver e fabricar o respirador.
Desenvolvido em tempo recordo, o VIDA é um respirador produzido exclusivamente para o tratamento da Covid-19, possuindo otimização específica para a doença causada pelo coronavírus. Por conta da urgência no tratamento à pandemia, a NASA liberou a patente do equipamento durante a pandemia, dispensando o pagamento de royalties pelo projeto.
“Na parceria com a Nasa, criamos um arranjo produtivo baseado nas competências técnicas do SENAI CIMATEC, que tem quatro Institutos SENAI de Inovação, com empresas brasileiras para recepcionar uma tecnologia nova com enorme redução de custo, que vai ao encontro da perspectiva de apoiar a indústria brasileira no seu processo de reconversão industrial”, afirma o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi.
De acordo com o Senai Cimatec e com a Russer, podem ser produzidas 50 unidades do respirador por semana. Inicialmente, a ideia é uma produção total de 3300 unidades, que seriam destinados não apenas ao Brasil, mas para todo o mundo. Por fim, o custo total de cada respirador seria de R$ 59 mil, abaixo do preço médio por respirador de R$ 87 mil estimado pela Controladoria Geral da União (CGU).
Novas parcerias
Ao BNews, Leone Andrade, diretor de Tecnologia e Inovação do Senai Cimatec, afirmou que diversas outras parcerias internacionais estão sendo desenvolvidas pela organização, em diversas áreas da indústria.
"Estamos desenvolvendo parcerias em diversas áreas que atuamos. Por exemplo, no setor da mineração, temos parcerias com o MIT e o Imperial College de Londres em conjunto com a Vale. Também temos parcerias com institutos alemães e britânicos, com a ideia de globalizar o Cimatec em grande velocidade. Além disso, também vale citar que temos projetos na área de defesa, junto com o ministério brasileiro e o exército americano", disse Leone. 
Por fim, o diretor também afirmou que pretende replicar o modelo de parceria do consórcio feito com a NASA. Segundo Leone, o modelo "é exitoso" e é natural a ideia desse modelo de negócio para que os produtos possam ser colocados com mais velocidade no mercado.  /


Por: Divulgação/FIEB  Por: Tiago José Paiva

 

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