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Mãe perde guarda da filha após menina participar de ritual do candomblé

Setur
Uma mãe de Araçatuba, no interior de São Paulo, perdeu a guarda da filha de 12 anos após a pré-adolescente passar por um ritual do candomblé, onde é necessário raspar a cabeça. O ato faz parte do processo de iniciação à religião. 
A ação contra à mãe foi movida pelo Conselho Tutelar da cidade, que recebeu denúncias de maus-tratos e abuso sexual, uma delas feita pela avó da menina, que é evangélica. Os advogados da família consideração que o caso de trata de intolerância religiosa. 
Os policiais militares e os conselheiros foram até o terreiro onde a menina estava. Lá, ela afirmou à polícia que não estava sofrendo qualquer tipo de abuso. A mãe, que é manicure, explicou que a menina não poderia deixar o espaço religioso por estava em um processo de “purificação”.
As duas foram levadas para a delegacia e liberadas depois de a jovem passar por exame de corpo de delito no IML que não identificou nenhuma marca de agressão. 
“Eu estou arrasada. Já estava antes por conta do preconceito. Agora que tiraram minha filha de mim, tiraram o meu chão. Nunca imaginei passar por isso por conta de religião. Eu estava presente o tempo inteiro, acompanhei tudo, nada de ilegal foi feito, que constrangesse a ela, ou que ela não quisesse, sem consentimento dela, ou sem o pai ou a mãe, foi tudo feito legalmente”, comentou a mãe, em entrevista ao UOL.
Procurada pela equipe de reportagem do site, o Conselho Tutelar não quis se manifestar sobre o caso, assim como os familiares que, atualmente, possuem a guarda da garota.  (BNews)  

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