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Lula reage à matéria da Piauí sobre tentativa de Bolsonaro de intervir no STF: "Ele acha que o Brasil é dele"

Fernando Frazão/Agência Brasil
Oex-presidente Lula reagiu à matéria publicada pela Revista Piauí nesta quinta-feira (6), que traz à tona os bastidores do dia 22 de maio deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro ensaiou uma intervenção ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o petista, Bolsonaro acredita que é o dono do país e que já é hora de "votar o impeachment". Lula ainda cutuca o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que não acatou ainda nenhum dos "46 pedidos".
A publicação da Revista Piauí, que entrevistou pessoas ligadas ao presidente que estiveram presentes no fatídico dia, revela que Bolsonaro chegou a entoar as palavras: "Vou intervir". 
A manifestação de Bolsonaro foi em reação à determinação do ministro Celso de Mello, que constultou a Procuradoria-Geral da República, para saber se deveria ou não mandar apreender o celular do presidente e do seu filho Carlos Bolsonaro. A requisição decorria de uma notícia-crime apresentada por três partidos.
A ideia de Bolsonaro era destituir os 11 ministros do STF e, em seguida, nomear militares ou civis para os cargos “até que aquilo esteja em ordem”. 
General da ativa, o ministro Luiz Eduardo Ramos compactou com a trama proposta pelo presidente. Amigo de longa data de Bolsonaro, ele já se mostrava contrariado à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que proibira a posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.
Mais tarde, os ministros André Mendonça (Justiça) e Fernando Azevedo (Defesa), além de José Levi, titular da Advocacia-Geral da União, se uniram à discussão sobre o plano. A conversa buscava dar o ar de legalidade à intervenção, que teria como base o artigo 142 da Constituição, que coloca as Forças Armadas com a função de exercer o papel moderador da relação entre os poderes.
A intenção não se concretizou, e a resposta veio dias depois em uma nota pública contundente em resposta ao STF, assinada pelo general Augusto Heleno, que citava possíveis "consequências imprevisíveis" em caso de aperto do STF.(BNews)

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