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Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizaram um estudo em escala global com pessoas infectadas pelo HIV, vírus causador da Aids - Acquired Immune Deficiency Syndrome em inglês, em português quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - e conseguiram eliminar o vírus do organismo de um paciente que havia sido diagnosticado em 2012.
A pesquisa será apresentada, nesta terça-feira (7), na  23.ª Conferência Internacional de Aids, o maior congresso sobre o tema do mundo. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a universidade acredita que os resultados do estudo representam um avança nas pesquisas que, podem vir a levar à descoberta da cura da aids.
Atualmente, o tratamento do HIV é feito com medicamento antirretrovirais, popularmente conhecido como coquetéis, que ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os medicamentos a todas pessoas que precisem de tratamento.
O estudo foi coordenado pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da instituição, a pesquisa da Unifesp contou inicialmente com 30 voluntários que apresentavam carga viral do HIV indetectável no organismo e faziam tratamento padrão com coquetéis antirretrovirais. Os voluntários foram divididos em seis grupos, cada grupo recebeu uma combinação diferenciada de medicamentos, além do tratamento padrão.
Dentre os seis grupos, o que apresentou o melhor resultado foi o tratado com dois antirretrovirais a mais que os outros, uma droga chamada dolutegravir, classificada como mais forte, e outra chamada marovic, responsável por retirar o vírus do seu estado de latência, ou seja, é responsável por fazer com o que vírus se apresente.
Além disso, o jornal relata que os pesquisadores desenvolveram uma "vacina" com as chamadas células dendríticas (células imunes), que conseguiram "ensinar" o organismo a encontrar as células infectadas e combater.
A Unifesp informou que o tratamento foi realizado durante um ano no paciente e passados 14 meses, o vírus continua sem ser detectado no organismo do paciente. 
"Esse caso é extremamente interessante, e eu realmente espero que possa impulsionar mais pesquisas sobre a cura do HIV", afirmou Andrea Savarino, médica do Instituto de Saúde da Itália que co-liderou o estudo.
Contudo, Andrea ressaltou que os outros quatros pacientes do mesmo grupo não tiveram o vírus eliminado do organismo. "Pode ser que o resultado não seja passível de reprodução. Este é um primeiro estudo, que precisará ser ampliado", alertou.
O que são Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST):
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.
Como ocorre a transmissão do Aids/HIV:
-Sexo vaginal sem camisinha
-Sexo anal sem camisinha
-Sexo oral sem camisinha
-Uso de seringa por mais de uma pessoa
-Transfusão de sangue contaminado
-Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação
-Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados
Como é feito o diagnóstico da Aids/HIV?
O vírus é diagnosticado através de testes "anti-HIV". O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No país, existem dois tipos de exame, o laboratorial, e os rápidos que detectam os anticorpos contra o HIC em cerca de 30 minutos, de acordo com o Ministério da Saúde. Os testes podem ser realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os exames podem ser feitos de forma anônima e  é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).  / Por: Reprodução/Facebook 

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