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| Jefferson Rudy/Agência Senado |
Em meio à corrida para as prefeituras das capitais do Brasil, 172 candidatos estão disputando, sendo apenas 37 mulheres. Este número representa 20% do total, apesar dos esforços da Justiça Eleitoral para promover a diversidade de gênero, de acordo com um levantamento da Folha.
A baixa representação deve-se aos obstáculos encontrados nas estruturas partidárias, pressões por anistia, conflitos internos e acordos de aliança. Mesmo que a lei exiga que os partidos incluam 30% de candidatos do sexo feminino e destinem a porcentagem do fundo eleitoral para financiar campanhas femininas.
Diante disso, a distribuição de fundos é destinada para chapas de mulheres como vice. Há situações em que as mulheres são usadas somente para cumprir cota, sem realmente fazer parte das campanhas, conhecidas como "laranjas".
A situação fica mais complicada com as propostas da PEC da Anistia, que facilita a supervisão e transparência, dificultando a implementação das cotas para mulheres.
Nas últimas eleições, apenas 12% dos prefeitos eleitos eram mulheres, segundo dados do Instituto Alziras, que trabalha para impulsionar a participação feminina na política e na administração pública. Na capital apenas uma mulher foi eleita: Cinthia Ribeiro (PSDB) em Palmas, TO.
Nove capitais têm apenas homens como pré-candidatos à prefeitura - incluindo Rio de Janeiro e Salvador. Aracaju, SE, é a única capital com a maioria das pré-candidatas mulheres, com seis na disputa.
O Partido dos Trabalhadores (PT) lidera com o maior número de pré-candidatas femininas nas capitais, com dez mulheres lançando suas candidaturas, e cinco já foram oficializadas. O Partido Liberal (PL), terá candidatas em duas cidades: Janad Valcari em Palmas, TO, e Emília Pessoa em Aracaju, SE.
Aracaju tem cinco pré-candidatas, mas espera um processo de seleção mais rigoroso até as eleições, onde pretende apoiar Luiz Roberto (PDT).
Em São Paulo, as candidatas são a deputada federal Tabata Amaral (PSB) e a economista Marina Helena (Novo), as duas enfrentam desafios para formar alianças na disputa contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
Rebeca Santos
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