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Queda de avião deixa ao menos 64 mortos no Nepal

 


Pelo menos 64 pessoas morreram neste domingo (15) quando um voo doméstico caiu em Pokhara, no Nepal, segundo pior acidente do pequeno país do Himalaia, desde 1992.

Centenas de equipes de resgate estão fazendo buscas na encosta onde o voo da Yeti Airlines transportando 72 pessoas caiu.

A TV local mostrou equipes de resgate em torno de seções quebradas da aeronave. Parte do solo perto do local do acidente foi queimado, com chamas visíveis.

“O avião está pegando fogo”, disse o policial Ajay K.C., acrescentando que equipes de resgate estavam tendo dificuldade para chegar ao local, em um desfiladeiro entre duas colinas perto do aeroporto da cidade turística. “Enviamos 31 corpos para o hospital e ainda vamos retirar 33 do desfiladeiro”, acrescentou o policial.

A aeronave fez contato com o aeroporto de Seti Gorge às 10h50 no horário local, informou a autoridade de aviação local em um comunicado.

“Metade do avião está na encosta”, disse Arun Tamu, morador da região que afirmou à Reuters ter chegado ao local minutos depois da queda.

Outro morador, Khum Bahadur Chhetri, disse que assistiu a aproximação do voo do telhado de sua casa. “Eu vi o avião tremendo, movendo-se para a esquerda e para a direita e, de repente, seu nariz mergulhou e caiu no desfiladeiro”, contou.

O acidente é o mais mortal do Nepal desde 1992, segundo o banco de dados da Aviation Safety Network. Na época, um Airbus A300 da Pakistan International Airlines caiu em uma encosta ao se aproximar de Katmandu, matando todas as 167 pessoas a bordo.

O governo nepalense criou um painel para investigar a causa do acidente e deve apresentar um relatório em 45 dias, disse o ministro das Finanças, Bishnu Paudel, a repórteres.

Pelo menos 309 pessoas morreram desde 2000 em acidentes de avião ou helicóptero no Nepal – lar de oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o Everest – onde o clima pode mudar repentinamente e criar condições perigosas.

Desde 2013, a União Europeia baniu companhias aéreas do Nepal de seu espaço aéreo, citando preocupações de segurança.

Os passageiros da aeronave bimotor ATR 72 incluíam duas crianças e quatro tripulantes, de acordo com o porta-voz da companhia aérea Sudarshan Bartaula.

A viagem para Pokhara, a segunda maior cidade do Nepal, partindo da capital Kathmandu é uma das rotas turísticas mais populares do país.

O ATR72, da fabricante de aviões europeia ATR, é um avião turboélice bimotor amplamente utilizado. “Os especialistas da ATR estão totalmente empenhados em apoiar tanto a investigação quanto o cliente”, disse a empresa no Twitter, após terem sido informados do acidente.

O site de rastreamento de voos FlightRadar24 afirmou na mesma rede social que a aeronave da Yeti Airlines tinha 15 anos e estava equipada com um transponder antigo, com dados não confiáveis.

Em seu site, a Yeti se descreve como uma operadora doméstica líder. Sua frota é composta por seis ATR 72-500s, incluindo o que caiu. Ela também é dona da Tara Air, e as duas juntas oferecem a “mais ampla rede” no Nepal, diz a empresa.

Por Redação Jornal de Brasília


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