O presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou nesta terça-feira (10) que a orientação para a bancada o partido é pela posição contrária ao voto impresso. Ele reconhece que o assunto divide os correligionários, mas ressalta que o tema gera "insegurança ao sistema eleitoral" e traz riscos à democracia.
“É óbvio que deputados podem pensar de maneira distinta e haverá divisões internas, mas a orientação do DEM é contra o voto impresso, entendendo que neste momento a matéria traz muito mais insegurança ao sistema eleitoral, e eu diria que até risco à democracia, do que qualquer outra coisa”, disse o ex-prefeito de Salvador à coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
O baiano também classificou o desfile de blindados em frente ao Palácio do Planalto, no dia da votação da PEC do voto impresso, como "completamente sem sentido". O demista acredita que o ato não é capaz de ter "nenhuma força intimidatória sobre o Congresso Nacional".
No último domingo (8), o colunista José Casado, da revista Veja, publicou que o presidente do DEM e Jair Bolsonaro chegaram a um acordo, por intermédio do pastor Silas Malafaia, o que passaria pelo apoio do Planalto à candidatura de Neto ao governo da Bahia em 2022. Atualmente, o ministro da Cidadania, João Roma, ex-secretário de ACM Neto à época em que foi prefeito de Salvador, é apontado como o postulante bolsonarista na briga pelo Palácio de Ondina.
O acordo, no entanto, foi negado por ACM Neto, que reiterou o desejo do partido de lançar o próprio candidato. O presidente Jair Bolsonaro também disse que não existe nenhum acerto entre os dois e que não fala com o ex-prefeito há oito meses.
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