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Ex-ministro usou estrutura do Itamaraty para promover distribuição de cloroquina, mesmo após alerta da OMS

 


O ex-chanceler Ernesto Araújo utilizou do aparato do Itamaraty para garantir a compra e distribuição de cloroquina no Brasil, mesmo após ter sido alertado sobre o medicamento pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aposta do governo Bolsonaro para combater a Covid-19, o remédio é comprovadamente ineficaz no tratamento da doença.

A Folha de S. Paulo teve acesso a telegramas diplomáticos de auxiliares envolvidos na negociação. Ernesto Araújo, que pediu demissão do cargo no fim de março, será ouvido pela CPI da Covid na próxima quinta-feira (13).

A ofensiva do governo em busca da cloroquina aconteceu logo após o presidente em exercício falar sobre a "possível cura para a doença", em suas redes sociais, no dia 21 de março de 2020.

"Hospital Albert Einstein e a possível cura dos pacientes com Covid-19. Agora há pouco os profissionais do hospital Albert Einstein me informaram que iniciaram um protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia da cloroquina nos pacientes com Covid-19", escreveu Bolsonaro.

Ao longo do mês de abril, diveros pedidos chegaram ao Itamatary pelo envio do medicamento.

Em julho, na Bahia, a médica Raíssa Soares, nomeada secretária de Saúde do município de Porto Seguro este ano, apelou para o presidente Bolsonaro que mandasse cloroquina à cidade.

O presidente atendeu o pedido e enviou 40 mil doses da droga.

Redação BNews

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