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Integrantes da inteligência do governo de Jair Bolsonaro (PL) realizaram mais de mil relatórios sobre a pandemia do coronavírus e, mesmo apontando para um aumento no número de casos e mortes no Brasil, os documentos foram ignorados e mantidos em sigilo pelo ex-presidente. É o que diz uma reportagem do jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a publicação, os relatórios foram feitos pelo menos entre março de 2020 e julho de 2021 e passaram pela supervisão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que carimbaram os papéis.
Além de ignorar as recomendações do Ministério da Saúde, Bolsonaro também desprezou as projeções feitas pelos relatórios, produzidos por agentes de inteligência e dentro do próprio Palácio do Planalto.
Ainda segundo a reportagem, agentes da Abin e do GSI sugerem o distanciamento social e a vacinação para controlar a doença e desaconselharam o uso da cloroquina. O grupo ainda alertava para um possível colapso na rede de saúde e funerária no Brasil.
Os documentos apontam ainda para a falta de transparência do governo Bolsonaro na divulgação de dados e a lentidão do Ministério da Saúde para definir uma estratégia de combate à doença.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, do início da pandemia até a última quarta-feira (26), foram registrados no país 37.717.062 casos de covid e 704.659 mortes pela doença.
por Daniel Serrano
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