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Juiz determina proibição de pílula abortiva; saiba mais

 

Reprodução/Pixabay 

Um juiz federal conservador anunciou nesta sexta-feira (07) a suspensão da autorização para comercializar nos Estados Unidos (EUA) a mifepristona, uma das duas pílulas usadas para o aborto, o que, na prática, impede a sua prescrição.

Autoridades federais terão uma semana para recorrer da medida, promovida por setores conservadores do país, segundo informações do portal G1.

Em um documento de 67 páginas, o juiz valida a maioria dos argumentos da denúncia apresentada em novembro por uma coalizão de médicos e organizações antiaborto contra a Food and Drug Administrasion (FDA).

Kacsmaryk, que cuida do caso em uma corte federal de Amarillo, Texas, foi nomeado pelo ex-presidente Donald Trump e ratificado pelo Senado em 2019. É um cristão conservador, com um histórico pessoal de oposição ao aborto.

O magistrado levou em consideração estudos sobre os riscos atribuídos à pílula abortiva e acusou a FDA de não seguir seus procedimentos para perseguir um objetivo político.

A suspensão da pílula "ameaça direitos das mulheres" nos Estados Unidos, criticou a vice-presidente do país, Kamala Harris. "Essa decisão abre uma nova porta para a politização da medicina", tuitou a democrata Kathy Hochul, governadora de Nova York.

Provavelmente o governo do presidente Joe Biden irá recorrer da decisão, que será, então, revisada por uma Corte de Apelações de Nova Orleans, também conhecida por seu conservadorismo. Por isso, espera-se que o caso passe à Suprema Corte dos Estados Unidos, que, desde que foi renovada por Donald Trump, conta com seis juízes conservadores, de um total de nove.

Cadastrado por Lorena Abreu

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