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Pós-graduação remota ou presencial, mas sempre ‘verde’ e com foco em salvar o planeta

 

Universidades têm lançado cursos de pós-graduação voltados a formar profissionais preparados para levar iniciativas e soluções sustentáveis às companhias e aos governos. A Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, por exemplo, firmou parceria com a consultoria Ideia Sustentável para inserir mais conteúdos sobre o tema em seus diversos cursos, além de lançar uma pós-graduação remota de Educação e Liderança para os Desafios em ESG (sigla para governança ambiental, social e corporativa). Esse programa previsto para iniciar em abril tem 360 horas, divididas em dez módulos, como Estratégia e Inovação em ESG, Comunicação em ESG e ESG, Transparência e Relações com o Mercado.

“Estamos construindo metas que envolvam toda a comunidade: graduação, pós, cursos livres, colaboradores e espaço físico. Como primeira ação, estamos lançando essa pós para formar líderes orientados por valores e preparados para atuar na gestão e estratégia nas empresas”, afirma Bianca Rosetti, coordenadora da FAAP Responsabilidade Social. “E entendemos que existe espaço para um programa de pós com foco em liderança e inovação, mais conectado com o conjunto de necessidades específicas do mercado brasileiro, mais vivencial e mais consistente na relação teoria-prática. Os conteúdos todos estão sendo discutidos e desenhados em conjunto com os professores, sob a curadoria de especialistas com experiência de mais de duas décadas .”

Nessa mesma toada, o Senai Cimatec lançou o Mestrado Profissional de Desenvolvimento Sustentável (MPDS), curso multidisciplinar voltado a profissionais que pretendem desenvolver projetos sustentáveis nas organizações e empresas, seja em processos, produtos ou serviços. O mestrado, com duração de 24 meses, traz três linhas de pesquisa: Química, Indústria e Desenvolvimento Sustentável; Instrumentalização e Automação; e Química Aplicada. “Nosso objetivo é que possa cursar o MPDS todo profissional que deseje inovar no setor industrial para transformar o ambiente em que ele atua na forma mais sustentável, independente de sua atuação ou formação”, afirma Lilian Guarieiro, professora do MPDS.

A Universidade de São Paulo também dá atenção ao tema: o programa USP Sustentabilidade oferece, em 2023, 33 bolsas para estudantes de pós-doutorado. Entre os temas possíveis a serem estudados estão conservação ambiental, ecologia de rodovias, águas subterrâneas, energia fotovoltaica, segurança alimentar e oceanos e adaptação. “É um trabalho de um ano, cujo resultado será voltado para melhorias de ações concretas da USP ou para políticas do Estado”, explica Patricia Iglesias, superintendente de Gestão Ambiental da USP.

Atenta às questões ambientais, a Universidade de Brasília (UnB) criou o Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS), que reúne cursos de graduação e pós-graduação, muito antes de a sigla ESG ser popular. “Nascemos em 1995; nosso curso é um dos pioneiros”, afirma o diretor, Fabiano Toni. De lá para cá, o CDS já viu mais de 100 teses e dissertações serem defendidas – em média, a cada ano, são 15 alunos novos no programa de doutorado e 20 no de mestrado. Toni garante que não há um perfil específico de estudantes que procuram os cursos. “Eles vêm de várias áreas de formação: Jornalismo, engenharias, Agronomia e muitos outros. Há sempre muita troca entre alunos e professores. Até hoje, aprendo coisas novas com meus alunos.”

Em sua trajetória, o CDS criou novos cursos ao identificar a demanda do País e do mercado. Em 2009, por exemplo, foi lançado um segundo programa de pós-graduação, com o Mestrado em Sustentabilidade Junto a Povos e Terras Tradicionais, voltado a indígenas, quilombolas e profissionais que trabalham na proteção territorial desses grupos. “Grande parte desses profissionais atua em suas comunidades como professores, ativistas e líderes de associações”, destaca Toni. “Também temos muito orgulho disso, porque foi um curso inédito.”

Segundo o diretor da instituição, a maioria dos alunos que concluem a pós-graduação no CDS está em órgãos do governo federal e trabalha em políticas públicas em grandes organizações ambientais, como a WWF. “Formamos também muitos professores, que vêm buscar no doutorado uma ampliação para as áreas ambientais. São docentes de várias disciplinas, como Geografia, engenharias e Administração”, afirma. Em 2017, o Centro de Desenvolvimento Sustentável recebeu a nota máxima da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Sustentabilidade no programa da PUC

A PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) recheou seu programa de pós-graduação com extensões online voltadas à sustentabilidade – com aulas EAD, alunos de diversas regiões podem realizar as matrículas. E há opções para estudantes com diversas disponibilidades.

A extensão em ESG e Impacto Social das Práticas Corporativas, por exemplo, tem 18 horas de duração. É um curso que visa desenvolver competências para atuação em ESG, para que o profissional possa promover a atuação das empresas na área social.

Para quem procura um curso mais aprofundado, a PUC oferece o curso de Direito Ambiental e Gestão Estratégica de Sustentabilidade, com duração de dois anos. As aulas são transmitidas ao vivo e online – assim, os alunos podem interagir com os professores.

Estadão Conteúdo


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