Notícias

6/recent/ticker-posts

Homem-Aranha salva criança de rua alagada: 'Prefeito, tenha vergonha na cara'

 

Reprodução/Redes Sociais 

O piauiense Luís Alexandre, que mora no Residencial Torquato Neto, Zona Sul de Teresina, virou o Homem-Aranha para salvar um menino que estava preso em uma rua alagada no bairro. A vestimenta foi uma forma de chamar atenção para o caso, que é recorrente.

Alexandre contou que o ponto que fica alagado está localizado na Rua José Ulisses Leal próximo ao Centro Municipal de Educação Infantil Engenheiro Matias Matos e a Escola Municipal Graciliano Ramos. Quando chove, as crianças ficam impossibilitadas de transitar pelo bairro.

"Aqui é uma rua que dá acesso a uma creche e uma escola e as crianças precisam atravessar essa rua. Todos os anos, no período chuvoso, cria um matagal na rua e inunda. E quando chove a gente fica ilhado, ninguém passa", disse Alexandre ao G1;

A criança no colo de Alexandre é o seu filho, que só consegue passar depois que o pai entra no ponto de alagamento e o carrega nos braços. A água chega a cobrir totalmente as pernas do "Homem-Aranha", deixando claro que não haveria a mínima possibilidade de uma criança passar com segurança pelo local.

"Todos os anos é a mesma situação aqui no Torquato Neto, todos os anos. Nós já sabemos que no período chuvoso muitas crianças faltam aula e até pra nós adultos fica difícil pra ir pro trabalho porque sabe que vai ter que atravessar um rio, ou então fica ilhado", explicou.

Homem-Aranha salva criança de rua alagada: 'Prefeito, tenha vergonha na cara'

Em um vídeo que circula na web, dois homens criticam a situação. O autor das imagens perguntou: "Um Homem-Aranha salvado uma criança aqui, a situação está crítica.Homem-Aranha, como você se sente nessa situação, pelo amor de Deus?". Alexadre então respondeu: "Faz até vergonha eu sair do meu trabalho de estar salvando gente para vim para uma tragédia dessas... Ei, prefeito tenha vergonha na tua cara, rapaz, bora ajeitar isso aí". 

A Prefeitura de Teresina (PMT), em nota, disse que existe um projeto de drenagem, mas não há recursos para colocá-lo em prática.

Este mesmo ponto já vitimou uma mulher, em 2018. Carla Daniela Moraes Rodrigues, de 32 anos, foi encontrada já morta depois de ser levada pela enxurrada.

Cadastrado por Milena Ribeiro

Postar um comentário

0 Comentários