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Anvisa alerta para falsificação de toxina botulínica; saiba como identificar

 

GABRIELLA SALES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Anvisa emitiu um alerta sobre falsificação de lotes de toxina botulínica, produto usado para procedimentos estéticos. Os produtos são Botox® 100U (toxina botulínica A) e Dysport® 300U (toxina botulínica A).

No caso do Dysport® 300U a fabricante Beaufour Ipsen Farmacêutica afirmou à Anvisa que o lote L25049, identificado como falso pela agência, não é reconhecido como oficial pela empresa. O lote era válido até outubro de 2023 e as embalagens do produto falsificado apresentam apenas dizeres em português.

Já no caso do Botox® 100U, a empresa Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda, notificou a Anvisa sobre a identificação de dois produtos falsificados no lote C7654C3F. Foram encontradas diferenças nas embalagens adulteradas em relação às originais.

Segundo a Agência, é possível que haja mais unidades falsificadas no mesmo lote, e a orientação é contatar a fabricante caso haja dúvidas se o produto é original.

Para ambos os medicamentos, foi determinada a apreensão e a proibição da comercialização, distribuição e uso do produto falsificado

O objetivo do procedimento é diminuir a força de contração dos músculos e fazer com que as marcas de expressão dos músculos não se tornem definitivas. Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que o produto está sendo aplicado cada vez mais cedo, porém com o objetivo de aparentar naturalidade.
A dermatologista Alessandra Romiti, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destaca que a toxina botulínica não é um produto costumeiramente adquirido pelo paciente, mas sim pelo profissional que vai realizar o procedimento.

Romiti destaca a importância de buscar profissionais de saúde capacitados para realizar procedimentos estéticos, e evitar locais que ofereçam preços muito abaixo do mercado. “O profissional qualificado tem a responsabilidade de comprar um produto certificado”, aponta.

Também não é recomendado que a população geral adquira a toxina botulínica por meio de sites de venda na internet, pois não há como verificar a procedência da substância.

A especialista afirma que os riscos de utilizar um produto falsificado são desconhecidos, já que não se sabe a composição adulterada. “Pode simplesmente não ter o efeito desejado, mas também pode acontecer de ter consequências para a saúde”, alerta.

A recomendação da SBD é que qualquer pessoa interessada em realizar um procedimento estético procure um médico dermatologista .

Por FolhaPress

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