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Ansiedade em pets: causas, sinais e tratamentos para cães e gatos

 

Foto: Banco de imagem

O termo ansiedade está diariamente presente em nossa vida. Na verdade, não só a palavra, mas a ansiedade em si, uma reação emocional que pode ser desencadeada por diversas situações. Em nós, seres humanos, esse transtorno pode causar diversos danos à nossa saúde, bem-estar e qualidade de vida. Mas, e os nossos animais de estimação? Será que eles também sofrem com esses sentimentos de inquietação, angústia e estresse?

Antes de responder a essas questões, é válido trazer alguns dados interessantes. Segundo o Instituto Pet Brasil, que promoveu um “censo pet” em 2019, existem 139,3 milhões de animais de estimação no Brasil, incluindo aves, peixes, répteis e pequenos mamíferos, além dos mais comuns nos lares brasileiros: cães e gatos. De acordo com o levantamento, são mais de 54 milhões de cães e quase 24 milhões de gatos.

É importante contextualizar o período posterior à pesquisa acima: a pandemia. A covid-19 nos colocou em um isolamento nunca antes visto, tornando essa situação, inclusive, um dos fatores para alimentar ainda mais a ansiedade. Porém, uma das soluções encontradas para tornar essa fase mais leve foi a adoção de pets. Em 2021, o Estadão mostrou que 54% dos brasileiros adotaram animais de estimação na pandemia, sendo que 19% destas pessoas nunca tiveram cães ou gatos antes.

Assim como nós, os pets também sofrem com a ansiedade. Por isso, o objetivo deste texto é alertar sobre as causas, os sinais e os tratamentos deste transtorno em relação aos cachorros e gatos.

O que pode causar a ansiedade nos pets?


Giovana Bermudez, médica veterinária, frisa as mudanças repentinas no dia a dia do pet. “Alterações bruscas na sua rotina. Como por exemplo: separação dos tutores, mudança de casa ou ambiente, novos integrantes na casa (animais ou humanos), entre outras causas”.

Além disso, segundo ela, animais que vivem em superpopulação também podem ficar ansiosos e estressados.

Como identificar: sinais e sintomas


A profissional explica que é preciso ficar atento ao comportamento dos bichinhos. “Para identificarmos que o nosso animalzinho está ansioso, no caso dos cães e gatos, vamos notar algumas alterações no comportamento, como vocalização e salivação em excesso”, pontuou.

Ela complementou afirmando que lambedura excessiva, principalmente nas patas, também é um sinal, além de distúrbios alimentares. Em alguns casos, o pet chega a puxar os próprios pêlos e se automutila.

Existe diferença entre ansiedade em cães e ansiedade em gatos?
Em relação aos gatos, a médica ressaltou que são mais sensíveis do que os cães. “Gatos são mais sensíveis quando se trata de estresse e ansiedade. Eles podem apresentar alterações urinárias (urinando ou defecando em lugares onde não têm costume, ou até mesmo não urinando), alimentares e comportamentos em geral”, explicou, alertando sobre a possibilidade do surgimento de doenças secundárias.

Sobre os cachorros, Giovana destaca que eles demonstram mais. “Como exemplo, a automutilação, podendo ou não urinar e defecar em lugares onde não têm costume, entre outros”, disse.

A especialista aponta que os níveis de ansiedade sofrem variações de acordo com os sinais apresentados, desde os mais leves – aqueles que o tutor acaba não percebendo – aos mais graves – gerando doenças secundárias.

Tratamento


A médica veterinária afirma que o ideal é sempre optar por tratamentos mais leves e tranquilos com o uso de fitoterápico, feromônio, homeopatia e floral. “Eu gosto muito de usar canabidiol para animais, porque tem alguns que acabam tendo tanta ansiedade, que têm convulsões, e não é isso que a gente quer. Às vezes, o canabidiol deixa o paciente mais relaxado e tranquilo. Há quem indique acupuntura, que também pode ajudar”, revela.

Ela acrescenta que a amitriptilina é bastante usada para tratar a ansiedade em gatos, quando o paciente é muito recorrente. “É muito usado, porque animais que são muito estressados e nervosos acabam tendo problema urinário, o que gera lesões no trato urinário”.

Porém, Giovana reforça a opção por tratamentos menos pesados. “Particularmente falando, temos que pensar em evitar ao máximo o uso de medicação fortes para esses animais”, finaliza.

Estadão Conteúdo

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