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O professor da Universidade de Brasília (UnB), que foi baleado no último sábado (14) em uma feira de alimentos orgânicos no centro de Ilhéus, no sul da Bahia, não resistiu e morreu na segunda-feira (16) no Hospital Regional Costa do Cacau, para onde foi levado após ter sido ferido. A suspeita é de que Bernard Herman Hess, de 59 anos, foi vítima de um latrocínio.
De acordo com a Polícia Militar, na manhã de sábado, agentes da 68ª Companhia Independente da PM (CIPM) foram acionados para averiguar uma denúncia de que um homem estava caído e ferido por disparo de arma de fogo. “No local, a guarnição constatou o fato. A equipe acionou o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], que socorreu imediatamente o indivíduo a uma unidade de saúde da região”, diz trecho do comunicado da corporação.
Ainda segundo a PM, rondas foram realizadas nos arredores do local onde o professor universitário foi baleado, mas o autor do disparo não foi localizado. A Polícia Civil diz que a 1ª Delegacia Territorial de Ilhéus investiga a morte de Bernard, e que imagens de câmeras de segurança estão sendo coletadas para ajudar a chegar aos autores do crime. Além disso, a instituição diz que testemunhas também estão sendo ouvidas.
Natural de Itabuna, também no sul do estado, o professor universitário era engajado na pauta de garantia da educação aos camponeses. Por meio de nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lamentou a morte de Bernard. "Grande educador comprometido com a literatura na construção de um mundo melhor, sua contribuição fará falta na trincheira da cultura e da arte em nosso país, sobretudo nesses tempos que vivemos", diz um trecho do comunicado.
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) também emitiu uma nota de pesar. O educador foi lembrado como um “entusiasta da garantia da educação dos camponeses e da defesa da reforma agrária”. “[...] Bernard atuava como educador em Educação do Campo, área que ajudou a criar. Comprometido com a construção de um mundo melhor, sua contribuição fará falta na trincheira da cultura e da arte em nosso país, sobretudo nos tempos atuais”.
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