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Janeiro Verde: mês de prevenção ao câncer do colo do útero

 

Foto: Reprodução

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no Brasil. Para 2023 são estimados 17.010 casos novos, o que representa um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres.

Na análise regional, o tumor é o terceiro mais incidente na região Centro-Oeste (16,66/100 mil). Brasília deve registrar 240 casos em 2023. A doença é silenciosa, mas quando o tumor é diagnosticado precocemente, é possível que haja uma redução de até 80% de mortalidade.

A neoplasia está relacionada ao contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). O vírus possui as proteínas E6 e E7 que desativam genes supressores de tumor, possibilitando a expansão de células que revestem o colo do útero.

O HPV atinge de forma massiva as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com esse vírus ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.

De acordo com a oncologista da Oncoclínicas Brasília, Andreza Souto, na maioria dos casos, os vírus não causam câncer, contudo, podem ocorrer alterações celulares que evoluem e se tornam cancerígenas.

“Dentre os fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença estão o começo precoce da vida sexual, tabagismo, múltiplos parceiros e uso prolongado de anticoncepcional. É importante ressaltar que, por vezes, o tumor não apresenta sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados podem acontecer sangramentos vaginais intermitentes, secreção vaginal anormal ou dor abdominal após o ato sexual”, afirma.

Prevenção

Segundo a Dra. Andreza, o uso de preservativo e a vacinação contra o HPV são as melhores formas de prevenção primária. “Ela resulta numa resposta imune 10 vezes mais eficiente que a viral. A vacina Tetravalente evita a infecção pelo HPV tipos 6,11,16 e 18. Os subtipos 16 e 18, chamados também de alto risco, estão relacionados a 70% dos casos de câncer de colo uterino. Todas as vacinas possuem a produção de anticorpos próximas a 100%.”, explica a especialista.

Tratamento

Para a neoplasia, as opções de tratamento são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. “A cirurgia pode consistir na retirada do tumor ou na retirada do útero, o que pode, por exemplo, impossibilitar a mulher de engravidar. Vale ressaltar que o tratamento muda de acordo com o estágio da doença, por isso, é fundamental conversar com o médico para avaliar qual será o método e a conduta de cada tratamento”, comenta a oncologista.

Vacinação

Desde 2017, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal o uso da tetravalente para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, e também para mulheres e homens com imunossupressão até 45 anos de idade. A vacina pode ser feita em qualquer unidade de saúde. O número de doses varia de acordo com a idade.

Duas doses com intervalo de seis meses entre elas (0 – 6 meses): indicado para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias.


Três doses, sendo a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses): para pessoas a partir de 15 anos.

Para imunodeprimidos por doença ou tratamento de qualquer idade, o recomendado são três doses, sendo a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses).


“É importante em complemento à prevenção primária, fazer exames periódicos para detecção da doença como a coleta do exame Papanicolau anual ou com intervalo indicado pelo médico e fazer o uso de preservativos durante todas as relações sexuais”, finaliza a Dra. Andreza Souto.

Sobre a Oncoclínicas


Fundada em 2010, a Oncoclínicas (ONCO3) é o maior provedor de tratamento oncológico do Brasil e da América Latina. O grupo conta com 129 unidades, entre clínicas de especialidades, diagnóstico e prevenção do câncer, centros ambulatoriais de tratamento infusional e radioterapia, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros de alta complexidade (cancer centers), estrategicamente localizados em 35 cidades brasileiras. Desde sua fundação, a Oncoclínicas tem passado por um rápido processo de expansão, com o propósito de elevar e democratizar o acesso ao melhor tratamento oncológico.


O corpo clínico da Companhia é composto por mais de 1.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer.

Por Redação Jornal de Brasília

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