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Secretário da PRF quebra silêncio após ter nomeação revogada por Ministro de Lula

 

Foto: Divulgação/PRF

Nem foi e já voltou. Secretário de Controle e Transparência no Espírito Santo, Edmar Camata teve sua nomeação como diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revogada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino (PSB), após críticas por seu apoio à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da Operação Lava Jato.

Ele perdeu o posto para Antônio Fernando Oliveira e quebrou o silêncio sobre toda a polêmica ao redor de seu nome. Segundo Flavio Dino, a mudança aconteceu por conta desses problemas e entendeu que "seria mais adequado proceder a substituição". Veja vídeos abaixo.


Em entrevista ao Uol, Camata abriu o jogo sobre todo o imbróglio. Ele declarou que seu posicionamento pró-Moro foi retrato de um momento em que o trabalho da força-tareda parecia correto.

"Depois, verificou-se que houve interesses políticos envolvidos. Isso fez com que eu mudasse a minha posição. Hoje, a minha opinião é que houve vícios na condução e no conjunto de ações da Lava Jato", apontou.

A declaração ocorre depois de Dino ter anunciado o nome de Oliveira para substituí-lo. Camata diz que aceitou o recuo com tranquilidade.

"Aceitei a determinação com tranquilidade e desejo sucesso no processo de apaziguamento e diálogo dentro da corporação. Chefiar a PRF não era um desejo pessoal. Mantenho minha trajetória como ativista anticorrupção, dentro ou fora do governo", disse Camata.

O ex-quase-diretor afirmou também que a PRF precisa recuperar sua autoestima e credibilidade após virar alvo de investigações do Ministério Público Federal para apurar se o ex-dirigente Silvinei Vasques, indicado por Jair Bolsonaro (PL), favoreceu manifestantes bolsonaristas durante atos golpistas realizados em rodovias federais.

Vinícius Dias

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