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Mulher sofre necrose na mão e fica com tendão exposto após picada de aranha-marrom

 

Foto: Reprodução

Em novembro, a ssessora parlamentar Raucirene Rodrigues, moradora de Porto Nacional, perdeu o movimento do polegar após ser picada na mão por uma aranha-marrom. O veneno causou uma ferida grave, fazendo até o tendão ficar exposto. Ela contou ao g1 que estava trabalhando quando começou a sentir um incômodo na mão esquerda. Ao voltar para casa, percebeu um pequeno ponto vermelho no local e pensou que fosse um furúnculo. 

A servidora relata que não conseguiu dormir direito devido à dor e na manhã seguinte a mão amanheceu bastante vermelha. Ela foi atendida na UPA, mas a situação foi se agravando e três dias depois decidiu procurar outro hospital. “O médico plantonista olhou e disse que seria picada de uma aranha. Internou, fez exames e deu que foi picada de uma aranha-marrom”, contou. 

Raucirene ficou dez dias internada e passou por procedimento para retirar toda a parte que sofreu necrose. Ela recebeu alta e agora faz um tratamento para tentar recuperar os movimentos da mão. “Ficaram expostos o tendão e o nervo do dedo. É um procedimento com anestesia local para cobrir o nervo. Também já fui ao centro cirúrgico, tiraram líquido da medula e colocaram no dedo para ativar as células”, contou.

O número de acidentes com aranhas quase dobrou no Tocantins em relação ao ano passado, saltando de 270 para 530. Devido ao aumento dos casos, a Núcleo de Zoonoses e Animais Peçonhentos (NZAP) – órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES) – emitiu um alerta para a população. 

Os casos considerados graves, causados por aranhas que apresentam riscos à saúde, subiu de 70 em 2021 para 130 em 2022. Levando em consideração outros tipos de aracnídeos que não causam danos graves à saúde, os números são ainda maiores: 200 notificações em 2021 e 400 em 2022. A maioria das notificações acontece nos períodos chuvosos, fase em que as aranhas abandonam seus abrigos naturais à procura de abrigo em lugares quentes. 

Em casos de acidentes com animais dos grupos aranha armadeira, aranha-marrom, e viúva negra, deve-se procurar um médico para ser administrado o antiaracnídeo. O soro é disponibilizado pelo Ministério da Saúde conforme a necessidade que o Estado. Mas, no Tocantins, não são todos os municípios que tem acesso a esse soro, apenas hospitais e pontos de referência de antivenenos.

“Deve-se dedicar especial atenção aos quintais, pois é a primeira área de atração para aracnídeos. Manter os quintais e terrenos limpos e sem entulhos. Além de manter o quintal limpo, deve-se manter residências arejadas e iluminadas para evitar o aparecimento desses animais”, explica a técnica da SES, Lídia Alves.

Para evitar acidentes, a recomendação é “sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo. Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. Usar calçados e luvas de raspas de couro podem evitar acidentes”, diz. 

A especialista não orienta matar o animal, pois pode causar danos ao meio ambiente. Em casos de acidentes com espécies que causam somente alergias e dores, não deve haver preocupação porque esse veneno não costuma causar danos ao ser humano. Na dúvida a orientação é sempre procurar um médico.

Com informações do g1

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