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Juiz é preso em ação contra tráfico internacional e é condenado a 24 anos

 

Repridução/Pixabay

A Justiça condenou a 24 anos, quatro meses e oito dias de prisão o juiz aposentado Amaury de Lima e Souza, que atuava na Vara de Execuções Criminais (VEC) de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O magistrado havia sido preso pela Polícia Federal em junho de 2014 durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas.

De acordo com o site Direito News, a sentença foi dada pela 5ª câmara criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em 4 de outubro. No entanto, o processo estava sob sigilo. A decisão só foi divulgada oficialmente na sexta-feira (28/10).

Conforme a condenação, o ex-juiz teve ainda um carro modelo camaro, outro HB20 e um imóvel confiscados. Ele também perdeu a função pública e teve 757 dias-multa acrescidos à pena. A sentença levou em conta os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, além do porte e da posse ilegal de arma de fogo e munições. A decisão cabe recurso parcial no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Vale lembrar que Amaury de Lima e Souza havia sido solto no fim de novembro de 2015. Ele estava preso no 18º Batalhão da Polícia Militar, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em junho de 2014, o juiz afastado da Vara de Execuções Criminais de Juiz de Fora, Amaury de Lima e Souza, foi preso e conduzido para a sede da Polícia Federal (PF), em Belo Horizonte, sob suspeita de portar uma arma e munições de uso restrito. Na ocasião, as autoridades apuravam a relação dele com presos da Operação Athos, que resultou na prisão de 17 pessoas, 12 somente na cidade de Juiz de Fora, onde atuava o magistrado. A quadrilha de tráfico internacional faturava cerca de R$ 20 milhões por mês, segundo estimativas da polícia na ocasião. Em setembro do mesmo ano, um grupo de 22 pessoas foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por associação e tráfico internacional.

A decisão que mais chamou a atenção foi um alvará de prisão domiciliar concedido para Álvaro Daniel, um dos acusados pelo MPF. Durante as investigações da PF foram encontradas várias sentenças assinadas pelo magistrado em favor de traficantes.

A PF apurou que a droga vinha da Bolívia e passava pelo Paraguai, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo antes de chegar à Zona da Mata de Minas. De Juiz de Fora, seguia principalmente para o Rio de Janeiro e o Nordeste. Segundo as investigações, o núcleo mineiro da quadrilha, radicado na cidade da Zona da Mata, usava agências de compra e venda de veículos para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.O poder econômico do bando pode ser ilustrado com as apreensões feitas pela PF durante a operação. Foram encontrados cinco aeronaves, um jet-ski, quatro lanchas, 11 imóveis e 14 veículos, vários deles de luxo. Todos os bens, segundo as investigações, valiam aproximadamente R$ 70 milhões.

Cadastrado por Lorena Abreu

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