Notícias

6/recent/ticker-posts

VÍDEO: Bolsonaro provoca funcionalismo sobre reajuste: "só dizer onde tem o dinheiro"


 O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma provocação ao funcionalismo público que vem pedindo reajuste salarial, durante uma conversa com apoiadores, na manhã desta terça-feira (5), na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Na ocasião, o liberal voltou a dizer que não tem margem para conceder reajuste salarial e provocou a categoria, após ouvir queixas de um simpatizante, que se disse caminhoneiro, acerca de multas que teria levado por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF): “só dizer onde tem dinheiro” (veja vídeo abaixo).

“Não são todos, mas existe gente fazendo isso daí, tenho informações. É que eles querem reajuste salarial. Eu dou reajuste para eles, para todo mundo, só dizer onde tem dinheiro”, disse Bolsonaro. O registro, segundo o Metrópoles, foi gravado e divulgado por um canal de adeptos do presidente.

Em seguida, o chefe do Executivo disse ser "lamentável" o que os agentes da corporação estariam fazendo com os caminhoneiros.

"É lamentável fazer uma maldade com vocês para tentar me pressionar, uma maldade", completou Jair Bolsonaro.

Sem aumento

No mês passado, o liberal afirmou que não haverá aumento salarial para servidores públicos este ano.

O governo analisava a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5%, mas os pedidos de reestruturação de algumas categorias geraram empecilhos adicionais, também de acordo com o Metrópoles.

A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

A equipe econômica, na época, manifestou-se contra a medida, sob o argumento de que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

Outras categorias, como as de servidores do Banco Central, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) acabaram reagindo, o que levou o governo a temer greve geral em pleno ano eleitoral, quando Bolsonaro tentará mais quatro anos à frente do Planalto.

O reajuste, de acordo com as contas do governo, custaria quase R$ 7 bilhões.


Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil    


Postar um comentário

0 Comentários