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VÍDEO: Bolsonaro disse que colocaria "cara no fogo" por Milton Ribeiro antes de prisão; relembre


 O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que colocaria "cara no fogo" pelo ex-ministro Milton Ribeiro antes de prisão. Ribeiro foi preso na manhã desta quarta-feira (22) acusado de crimes de tráfico de influência, prevaricação, advocacia administrativa e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.

Expedido pelo juiz federal Renato Borelli, no âmbito da operação "Acesso Pago", o mandado determina que o ex-ministro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, para realização de audiência de custódia, prevista para quinta-feira (24).

“Coisa rara de eu falar aqui, eu boto minha cara no fogo pelo Milton. Minha cara toda no fogo pelo Milton”, disse o presidente, durante uma live no Palácio da Alvorada no dia 24 de março. À época, ele classificou como covardia as suspeitas de que o ministro teria intermediado a liberação de recursos para pastores evangélicos.


A Primeira-dama Michelle Bolsonaro foi outra que saiu em defesa do ex-ministro após a explosão do caso - ainda que sem jurar colocar o próprio rosto no fogo. 

No dia 28 de março deste ano, ela afirmou que 'Deus vai provar' que ele é uma “pessoa honesta”. A declaração aconteceu durante o evento de filiação do Republicanos.

“Deus sabe de todas as coisas e vai provar que ele é uma pessoa honesta e justo, fiel e leal”, disse Michele, antes de afirmar que confia muito em Milton. Ela também garantiu ainda não ter conversando sobre o assunto com o marido, o presidente Jair Bolsonaro.


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou priorizar repasses de verbas para prefeituras cujos pedidos de liberação foram negociados por dois pastores que não têm cargo no ministério. De acordo com o titular do MEC, o procedimento foi feito a pedido de Bolsonaro.

As declarações foram feitas por Ribeiro durante uma conversa em que participaram prefeitos e dois religiosos. "Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", afirma o ministro na gravação. O áudio foi obtido e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo.

Os pastores em questão são Gilmar Santos e Arilton Moura. A PF investiga a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério da Educação. Há suspeita de cobrança de propina. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federa

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia. Os recursos são geridos pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC controlado por políticos do centrão.

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Na reunião dentro do MEC, Ribeiro falava sobre o orçamento da pasta, cortes de recursos da educação, e a liberação de dinheiro para essas obras na presença de prefeitos, lideranças do FNDE e dos pastores Gilmar e Arilton. "Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", diz o ministro na conversa.

Milton Ribeiro também indicou, na ocasião, haver uma contrapartida à liberação de recursos da pasta. "Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser [inaudível] é apoio sobre construção das igrejas". Na gravação, ele não dá detalhes de como esse apoio se concretizaria.   /Foto: Clauber Cleber Caetano / PR    Vinícius Dias

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