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Com R$ 320 bi em caixa, estados aumentam obras em ano eleitoral


 Enquanto o governo federal precisa bloquear recursos para bancar despesas que vão custar mais do que o orçado, estados e municípios vivem momentos de extravagâncias, com sobra de centenas de bilhões de reais.

O caixa gordo dos estados e municípios tem feito o Governo Federal engrossar o tom em relação a redução de ICMS.

Um levantamento da economista Vilma Pinto, da Instituição Fiscal Independente (IFI), feito a pedido do GLOBO, mostra que ‘os estados tinham, até o fim do primeiro bimestre deste ano, R$ 319,8 bilhões para gastar. Os municípios contavam com R$ 185,7 bilhões. Isso representa um total de R$ 505,5 bilhões brutos disponíveis em caixa’.


Em 2014, também ano eleitoral, os estados fecharam o ano com caixa bruto de R$ 130,3 bilhões, em valores corrigidos pela inflação, de acordo com o levantamento feito por Vilma Pinto. Esse número chegou ao menor patamar da série em outro ano eleitoral, 2018, quando a sobra foi de R$ 116 bilhões. A partir do ano seguinte, a folga começou a aumentar e chegou a R$ 269,5 bilhões, reflexo de mais repasses e alta da arrecadação.

A explicação para este ano pode estar ligada ao fato de os governos locais se beneficiaram da transferência de recursos durante a pandemia e da alta da inflação, além de um aumento da base de arrecadação dos estados. Em 2021, os estados arrecadaram R$ 652,42 bilhões com ICMS, e 27,4% desse total — R$ 178,9 bilhões — saíram da tributação de energia e combustíveis.


Agência Brasil    Redação

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