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Viajar de avião está 40% mais caro em março e previsão ainda é de aumento


 A alta no preço do barril do petróleo, por causa da Guerra na Ucrânia, aliado ao aquecimento do mercado interno por viagens domésticas, fizeram o preço das passagens aéreas no Brasil aumentarem em março. A expectativa é que devam seguir em alta ainda nesse mês de abril.

De acordo com o portal O Globo, uma cotação de passagens aéreas realizadas pelas plataformas Kayak e Decolar usando rotas domésticas mais procuradas partindo dos aeroportos de São Paulo (Congonhas e Guarulhos) mostra um aumento de 16% a 40%, em relação ao mês de fevereiro. O bilhete de São Paulo ao Rio de Janeiro, por exemplo, custava ao passageiro R$ 504,19 em média em fevereiro e passou a R$ 598,99 no mês passado, uma alta de 19%. Para Recife, passou de R$ 559,82 para R$ 783,57, alta de 40%. Os destinos nacionais com reajuste de mais de 30%, entre janeiro e março, são: Recife, Salvador, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Brasília, Natal e Florianópolis. A subida mais acentuada foi a da capital catarinense, de 51%.

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Já na cotação, através da Kayke, para viagens internacionais, o reajuste tem sido menor segundo as plataformas usadas na pesquisa. O valor da passagem aérea para Lisboa aumentou 13%, mas para Buenos Aires teve uma redução de 4%. Esses são os dois destinos mais procurados pelos brasileiros no momento.

Essa queda no valor da passagem de São Paulo para Buenos Aires também foi confirmada em pesquisa feita pela plataforma Decolar. Em fevereiro o brasileiro poderia viajar, em média, por R$ 1.310  e em março por R$ 1.260. Mas, o aumento foi sentido em outro trecho: de São Paulo a Milão as passagens passaram de R$ 3.288 a R$ 3.511 no mesmo período, subida de 7%.

“O aumento dos preços e combustível de aviação conta muito nessa alta, mas na aviação doméstica há ainda a demanda que estava aquecida nos últimos meses, diferentemente do cenário da aviação internacional, cuja demanda tem crescido mais nas últimas semanas com a flexibilização de algumas barreiras sanitárias, especialmente na Europa”, explica a diretora de voos da Decolar, Daniela Araújo. Ela completa dizendo que a baixa no valor do dólar, nas últimas semanas, ajudou a compensar, em parte, a alta dos combustíveis.


As companhias aéreas se justificam afirmando terem margens muito apertadas e que muitas empresas já estão operando no prejuízo. “Elas não têm espaço para segurar aumentos de custo ao consumidor, houve queda na demanda por passagens, principalmente no Brasil. As empresas são obrigadas a cortar voos, o que atrasa a retomada completa do setor”, explica o sócio da consultoria Bain&Company, André Castellini.

Responsável por cerca de 35% dos custos das companhias aéreas, o litro do querosene (combustível da aviação) subiu 15,7% de janeiro a março, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Um novo aumento, de 18%, aconteceu na última sexta-feira adiando a possibilidade de recuperação do setor.

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