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Proposta de reajuste salarial de professores geral protesto em Natal




 Professores protestam na frente da Câmara de Vereadores de Natal contra os valores apresentados no projeto de reajuste salarial, enviado para aprovação emergencial da casa, pelo prefeito, Álvaro Dias (PSDB), nesta terça-feira (5). A categoria reclamou também da falta de negociação do Poder Executivo.

De acordo com o portal G1, diante das reivindicações, os vereadores pediram que o Município abra uma mesa de negociação com os trabalhadores da educação antes do projeto ser votado. Parte dos parlamentares apontou ainda que o reajuste apresentado não corresponde ao valor correto recebido pelos professores da rede municipal atualmente.

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Em Natal, os professores da rede municipal de ensino estão em greve desde 28 de março. Eles reivindicam o reajuste do piso nacional do magistério de 33,24%, autorizado pelo governo federal em janeiro desse ano. O protesto dessa terça-feira, segundo a Secretaria Municipal de Educação, é porque o projeto enviado à Câmara para votação é de uma “atualização” salarial. "Essa matriz salarial tem impacto sobre todas as progressões e promoções. A consequência disso é que havia uma necessidade de atualização para que haja um respeito à legislação que trata exatamente da remuneração dos profissionais da rede municipal de ensino", explicou o secretário adjunto de Gestão Escolar da SME, Paulo Victor Barra.

"Esse projeto é danoso para o magistério público municipal, porque ele tira a referência de 20 horas, no qual o professor fez a sua inscrição para o concurso. A nossa referência é 20 horas e não 40 horas. Quando o prefeito utiliza 40 horas como referência, ele rebaixa e achata os salários de todos os servidores que tem 20 horas", pontuou Herman Araújo, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN).

"Importante a sociedade saber que o reajuste representa cerca de R$ 36 e vai atender  cerca de 40 professores. O prefeito está desvalorizando os professores, está desconsiderando sua obrigação legal, estabelecida na lei municipal 6425/2013 e também o plano de carreira", acrescentou.


Os parlamentares da Câmara solicitaram uma mesa de negociação entre a categoria e a prefeitura. "No piso nacional, um professor de 20 horas recebe cerca de R$ 1,9 mil, mas em Natal recebe R$ 2,5 mil. O reajuste tem que ser em cima de R$ 2,5 mil e não de R$ 1,9 mil. Esse é o problema. Da forma que chegou hoje a Câmara não vai ter na pratica um reajuste salarial dos professores", alegou a vereadora Brisa Bracchi (PT).

Em defesa, a prefeitura alega que a atualização salarial atual "está dentro do que a secretaria tem condições de pagar". "Estamos avaliando todo o outro impacto que o Sinte [Sindicato do Trabalhadores em Educação] vem pleiteando, que seria um novo reajuste 33,24% dentro do que o município já paga", pontuou o secretário adjunto do município, Paulo Barra. Ele acrescentou que não há capacidade de programar o reajuste, já que "ainda não tem uma perspectiva de receita plausível".g1

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