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Polícia encontra ossada em sítio e suspeita que seja de bebê morto em ritual; entenda o caso


 A Polícia Civil encontrou uma ossada no sítio da família de Weslley Carvalho Ferreira, um bebê de um ano e 10 meses, desaparecido desde dezembro, no Piauí. A Polícia Civil investiga se a criança foi queimada viva durante um ritual realizado pela própria família, em Altos. Em depoimento, o pai disse ter cremado o próprio filho. Após o sumiço do bebê, os pais, avós e três adultos foram presos, além de quatro menores apreendidos suspeitos de participação na morte da criança.

Segundo o delegado Matheus Zanatta, da Gerência de Polícia Especializada, agora é aguardado o resultado da perícia para confirmar se a ossada recolhida seria humana. "A ossada estava próxima ao quintal da casa e não estava enterrada. A perícia está no local recolhendo essa ossada para posteriormente produzir um laudo pericial", disse ao G1.

De acordo com Zanatta, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) deve concluir o inquérito na próxima semana. O Conselho Tutelar informou que vizinhos acionaram a polícia e avisaram da ossada no sítio da família no Povoado São Bento, Zona Rural de Altos, a 37 km de Teresina. Esta é segunda vez que a polícia fez buscas no local.


Prisões
Em março deste ano, três adultos foram presos temporariamente e quatro menores apreendidos, entre eles um jovem de 12 anos que dizia ser um "profeta". Eles são suspeitos de participação na morte do bebê Weslley. Os pais e avós paternos, presos há um mês, tiveram as prisões temporárias prorrogadas por mais 30 dias.

De acordo com o delegado Matheus Zanatta, a mãe do bebê relatou que o adolescente conhecido como "Profeta" é tio da criança e dava ordens à família. Os três presos foram encaminhados para a Cadeia Pública de Altos (CPA) e os menores apreendidos ficarão 45 dias em internação provisória.

Os mandados de prisão foram baseados nas controvérsias entre os depoimentos prestados pelos detidos e pelos pais e avós do bebê Wesley, presos no dia 22 de fevereiro, suspeitos de homicídio com a ocultação de cadáver.


Mãe diz que mentiu sobre morte do filho
Maria Lúcia, avó materna de Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 10 meses, contou que a filha Ângela foi obrigada pelos sogros a mentir sobre o desaparecimento da criança. Ela destacou que desde o princípio a família questionou a versão de Ângela sobre o desaparecimento da criança. A primeira informação foi de que o menino tinha sido sequestrado no Centro de Teresina.

Segundo Maria Lúcia, posteriormente Ângela contou que o filho morreu nos seus braços, quando ela estava participando de um ritual na casa dos sogros. Todos os participantes, inclusive o bebê, estavam há duas semanas sem se alimentar.

Pai disse ter cremado filho
Segundo a Polícia Civil, a versão inicial da família é de que o menino tinha sido sequestrado no dia 29 de dezembro de 2021, quando estava com os pais no Centro de Teresina. O boletim de ocorrência foi feito por uma tia da criança somente no dia 9 de fevereiro. A versão foi descartada pela polícia.


Uma segunda versão, contada pela mãe de Wesley, é de que o menino tinha caído em um poço no local onde os pais moravam, no município de Altos. Segundo a mulher, o marido e os sogros presenciaram o acidente. A hipótese foi investigada e também descartada.

Após ser preso, o pai de Wesley também mudou sua versão da história e contou uma terceira narrativa, de que o menino tinha morrido por causas naturais. O pai disse ter cremado o próprio filho e até o momento o corpo não foi encontrado. Todas as informações são do G1.

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