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Em aceno ao STF, general Freire Gomes convida Fux para cerimônia do Dia do Exército


 No momento em que o presidente Jair Bolsonaro aumenta o tom dos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), o novo comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, convidou o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, para participar de solenidade alusiva ao Dia do Exército, marcada para o próximo dia 19. O  oficial, que assumiu o posto na semana passada, foi até o tribunal na quarta-feira para se apresentar ao ministro.

O convite foi visto como um aceno do comando militar para a presidência do Supremo. A interlocutores, o presidente da Corte tem dito que irá à solenidade, da qual participarão os comandantes de diversos outros países, como Estados Unidos.

Foi justamente no Dia do Exército de 2020 que Bolsonaro, furando as medidas de distanciamento social em razão da pandemia de Covid-19,  fez um discurso durante manifestação que defendia uma intervenção militar, o fechamento do Congresso e do próprio Supremo. Os protestos daquele dia motivaram abertura do inquérito dos atos antidemocráticos, que  mirou em aliados do presidente. A investigação foi arquivada no ano passado pelo ministro Alexandre de MoraAO encontro institucional entre Freire Gomes e Fux ocorreu após a impossibilidade de o presidente do Supremo comparecesse à posse do novo chefe da força militar. O GLOBO apurou que a conversa aconteceu em tom amistoso, mas serviu também para que os dois tratassem sobre um tema que abalou a Corte em 2021: as manifestações de caráter golpista do último 7 de setembro, com ameaças de invasão à sede do Supremo por manifestantes pró-Bolsonaro. No encontro, o ministro relatou ao general o "esquema de guerra" que montou para garantir a segurança do tribunal.

Interlocutores do Supremo ouvidos pela reportagem afirmam que Fux, em dado momento, chegou a mostrar ao novo comandante do Exército uma foto do aparato de segurança montado pela Polícia Federal e pela Polícia Judicial — e nenhum episódio grave de violência contra o STF foi produzido naquele setembro de 2021. Na missão, foram quase 150 agentes envolvidos, incluindo grupos de elite e policiais infiltrados no meio dos manifestantes.

Divulgação/Exército    Redação

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