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Apesar dos bons resultados, pré-candidatos em SP põem em xeque câmeras nas fardas de PMs


 Com a intenção de se conectar com o eleitorado bolsonaristas, a maioria dos pré-candidatos ao governo paulista tem adotado um tom crítico em relação ao uso de câmeras acopladas ao uniforme de policiais militares. Tarcísio de Freitas (Republicanos), Márcio França (PSB), Felício Ramuth (PSD) e Vinicius Poit (Novo) defendem mudanças no projeto implementado no governo João Doria (PSDB). O governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, manifestou dúvidas sobre o programa antes de passar a defendê-lo ao Estadão. Entre os pré-candidatos mais conhecidos, só Fernando Haddad (PT) tem endossado a iniciativa.

Criticada por bolsonaristas, desde que foi adotada em 2020 a medida reduziu o número de morte de policiais e suspeitos em confronto. Após a adoção das câmeras, a queda de mortes foi de 46% na média mensal, comparando o período anterior ao posterior à adoção do sistema.

Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura e pré-candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, promete abolir o uso de câmeras. “Tarcísio pretende acabar com a obrigatoriedade de câmeras no fardamento policial por considerar que a forma mais efetiva de combate ao crime é garantir treinamento contínuo e capacitação de qualidade para a tropa, de forma a assegurar a capacidade de agir de acordo com as circunstâncias enfrentadas nas ruas de São Paulo”, afirmou a assessoria do pré-candidato, em nota.


Em entrevista ao Estadão, Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, disse que o programa tornou-se um meio de proteger o policial. “O programa está sendo mal compreendido. Ele não visa só à redução da letalidade, que é palco de disputa ideológica, mas serve para proteção do policial”.


Folhapress    Redação

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