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Acusado de racismo, advogado de Bolsonaro diz que vítima é "falsa negra"


 Processado por racismo, o advogado e defensor do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wessef, disse nesta quarta-feira (2) que a vítima que o acusa de racismo e injúria racial é uma “falsa Negra”. Ele diz ainda que a investigação que o tornou réu na Justiça de Brasília foi malfeita.

De acordo com o portal Metropoles, o processo contra o advogado se deu após ele ter chamado a atendente de uma pizzaria do Distrito Federal de “macaca”, no último dia 17. Para ele o inquérito policial que se baseia a acusação está “vazio” e disserta apenas sobre a versão da atendente que, segundo Wassef, é uma “branca mentirosa”. Como parte de sua defesa, durante a entrevista, o advogado encaminhou por WhatsApp as fotos coletadas através das redes sociais da família da vítima para demonstrar que as pessoas não são negras.

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 “[Ela] mentiu porque teve ordens para me incriminar. Não sou racista. Abomino todo e qualquer tipo de preconceito e racismo. Essa é minha verdade. A negra não é negra. Não existe negra”, afirma o advogado.

Para Wassef, a denúncia foi tramada pelo gerente do restaurante que é “de esquerda” e “ não gosta de Bolsonaro”. Desse modo ele induziu a atendente a fazer a queixa e “plantou” as testemunhas também. O advogado ressalta que o único contato que teve com a atendente foi na hora de pagar a conta.

“Estava tudo encomendado e acertado”, disse ao criticar a ação dos policiais após registrar um boletim de ocorrência solicitando a investigação da denúncia da atendente. Ele afirmou ainda que o gerente apagou as imagens das câmeras de segurança da loja do dia em que ocorreram os fatos. Por fim, declarou que a denúncia só foi apresentada pelo Ministério Público após uma terceira promotora ter assumido o caso.

A atendente, diz ter sido ofendida por Wassef depois que ele reclamou que a pizza não estava boa. A situação teria ocorrido no dia 8 de novembro de 2020 e foi registrada na 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, em Brasília, como injúria racial. O registro de ocorrência aponta que o advogado já havia feito outra agressão verbal contra a vítima no mês anterior.


Agência Brasil 

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