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Pelo segundo ano consecutivo, tradicional Festa de Iemanjá não acontece no Rio Vermelho


 Mais uma vez, os fiéis que levantam cedo neste dia 2 de fevereiro para ir ao Rio Vermelho, em Salvador, participar da tradicional Festa de Iemanjá, precisarão reinventar suas formas de homenagear a rainha do mar. Os tapumes colocados em volta das praias do bairro já alertam para a interdição do acesso à faixa de areia, uma das medidas restritivas impostas pela prefeitura de Salvador para o dia do evento, como forma de combater a propagação da Covid-19.


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A decisão de suspender a festa foi comunicada pelo prefeito Bruno Reis, na última quinta-feira (27), e assim como no ano passado, é decorrente do aumento no número de casos de coronavírus e na taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital baiana.

Entre as medidas restritivas para o dia da Festa de Iemanjá está também a proibição da realização de atividades sonoras e da atuação do comércio ambulante nas vias, em todo o trecho da Avenida Oceânica entre o restaurante Sukiyaki e a Vila Caramuru.

Quem, mesmo diante dessas medidas, pensar em passar o dia de Iemanjá no Rio Vermelho, terão como opção os bares e restaurantes, que poderão atuar em horário normal, porém com utilização apenas de som ambiente.

Com o objetivo de impedir aglomerações na Colônia de Pescadores, os presentes deixados pelos fiéis na Casa de Iemanjá, serão levados diretamente ao mar. A cineasta Alexia, que mora no Rio de Janeiro e há alguns anos se programava para passar o Dia de Iemanjá em Salvador, foi uma das diversas pessoas que estiveram no local nesta terça-feira para presentear a rainha do mar.

“Fiquei esperando a festa, mas esse ano eu vim independente de ter festa ou não. Já deixei o meu presente, amanhã volto para deixar mais presente ainda porque ela merece. É a minha orixá, que cuida e protege a gente, ainda mais esse ano, que é o ano regido por Iemanjá, então a gente tem que agradecer”, disse, em entrevista ao BNews.

Alexia, que já estava ciente das medidas restritivas para o dia da festa, disse concordar com a decisão da prefeitura de Salvador. “Por isso eu vim hoje já, deixei os presentes aqui, e amanhã eu vou em outro lugar que não seja o Rio Vermelho”, conta.

“Eu acho que é necessário. Infelizmente, ainda estamos nesse período difícil, a gente como brasileiro, como devoto, a gente quer festa, mas ainda é o momento de a gente se cuidar e evitar o que pode ser evitado”, completou a cineasta.


Paulo M. Azevedo/BNews    Beatriz Araújo

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