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Pastor convocado pelo PT dá dicas a Lula sobre temas tabus para evangélicos


 Convocado pelo PT, o pastor evangélico Paulo Marcelo Schallenberger apresentou um plano ao ex-presidente Lula com dicas sobre temas que são tabus para a comunidade religiosa, como uma estratégia para aproximar o setor da campanha do petista.


O "projeto de inclusão" sugere entrevistar "pastores que foram beneficiados no governo do PT" e durante a campanha mencionar atos dos governos petistas que beneficiaram as igrejas e os evangélicos. O pastor acredita também na força dos grupos de WhatsApp, desde que não sirvam para atacar os adversários políticos "para não gerar pauta de vitimismo, já que essa é a estratégia do atual governo". As informações são da Folha de S. Paulo.


Em recente entrevista, o pastor diz que a estratégia é comparar a situação dos evangélicos na época dos governos de Lula e Dilma, com o que se tem vivido atualmente com Bolsonaro.


"A pergunta é muito simples: o que na sua vida melhorou? Quanto na sua igreja tinha de receita, na época de Lula e Dilma, e quanto tem de receita hoje?"


Os desafios, contudo, são muitos. Paulo Marcelo aponta que o PT precisa reverter a crença que muitos têm de que o partido tem uma agenda anticristão e que obrigaria pastores a se manifestarem contrários às suas doutrinas, como, por exemplo, não criticar o casamento homoafetivo.


Ele reforça que as igrejas também não devem fazer lobby para evitar que o Estado decida sobre a legalidade da união e outros assuntos.


"A igreja pode pregar no seu Evangelho que não aceita [o tema], mas não posso exigir que o restante da sociedade seja como nós. Tenho que respeitar para ser respeitado", diz o pastor.


Nos bastidores, a avaliação é que uma vitória petista faria os evangélicos guinarem de vez para o lado de Lula, como tem feito ao se alinhar nos últimos anos a todos que estiveram no poder. No entanto, o compromisso de Bolsonaro com as demandas morais dos mais conservadores e o cumprimento da promessa de indicar André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), o deixam com uma base de apoio sólida.


No próximo dia 8, Bolsonaro deve abrir o Palácio da Alvorada para líderes evangélicos, numa tentativa de demonstrar força no bloco religioso que hoje ocupa importante espaço no debate político e eleitoral. O pastor Silas Malafaia é uma das presenças confirmadas e diz confiar que os colegas vão continuar apoiando Bolsonaro até a eleição.


Ricardo Stuckert/PT    Redação BNews

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