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Família inteira morre após deslizamento de terra em SP


 Há uma família inteira entre as 24 mortes registradas até o momento após fortes chuvas caírem em cidades da região metropolitana e no interior de São Paulo desde a sexta-feira (28).

Além dos mortos, os alagamentos e deslizamentos de terra deixaram ao menos 1.546 famílias desabrigadas ou desalojadas até o momento. Também há sete feridos e oito desaparecidos, segundo a Defesa Civil.

Em março de 2020, morreram ao menos outras 27 pessoas, em três cidades também atingidas por fortes chuvas, no litoral paulista.

De acordo com a Prefeitura de Várzea Paulista, no interior de São Paulo, morreram após serem soterrados em casa, no bairro Jardim Promeca, Ricardo Eugênio dos Santos, 41 anos, sua mulher, Tatiane Aparecida dos Santos, 30, seus filhos, Richard Eugênio dos Santos, 12, Nicolly Eugênio dos Santos, 10, e Thayany Eugênio dos Santos, de apenas um ano e dois meses de idade, "que morreu abraçada à mãe", de acordo com o governo municipal.

Em Arujá (SP), foi confirmada a morte de Odilon César, de 59 anos. Segundo registrado pela Polícia Civil, ele morreu afogado dentro do próprio carro, na altura do número 10 da avenida Internacional.
Um homem de 39 anos que estava com César no veículo, sentado no banco do passageiro, relatou à polícia que a vítima guiava seu carro pelo bairro Parque Lucélia quando notou que a via estava bastante alagada.

Mesmo assim, César teria arriscado dirigir em meio à enchente. O veículo caiu em uma galeria de vazão de águas pluviais, segundo registro policial.

O passageiro conseguiu sair a tempo do carro, mas o condutor não. Os bombeiros foram acionados, mas, quando localizaram César, ele já estava sem vida, ainda dentro do carro.

Em Itapevi, o pequeno Alerrandro Ferreira dos Santos, de três meses de idade, morreu soterrado após a casa onde estava com a mãe e o pai, visitando amigos, ser atingida por um deslizamento de terra.
A prefeitura confirmou que as vítimas não moravam na residência atingida e que os demais ocupantes conseguiram escapar do deslizamento de terra a tempo.

Em Franco da Rocha, foram registradas as mortes de três homens adultos, sendo dois de 37 e 26 anos. A idade do terceiro não foi confirmada. Também morreram na cidade da região metropolitana uma mulher de 25 anos e um adolescente de 13 anos de idade.

No início da tarde desta segunda, as equipes do Corpo de Bombeiros localizaram mais três vítimas sem vida sob os escombros após deslizamento de terra na cidade da Grande São Paulo. Segundo o tenente-coronel dos Bombeiros Alessandro da Silva, que trabalha no resgate, os corpos ainda não foram retirados do local

A cidade foi uma das mais afetadas pela chuva. Além das oito mortes, o município chegou a emitir um alerta para risco de abertura das comportas da represa Paiva Castro, que atingiu 78,7% da capacidade neste domingo (30).

A prefeitura disse que, em 12 horas, até a tarde do domingo, choveram 160 mm, o equivalente a 42% do esperado para todo o mês de janeiro (271 mm)​. Segundo a Defesa Civil, foram 198 mm desde sexta.
Em Francisco Morato, morreram quatro crianças e adolescentes com idades entre 8 e 16 anos.
A Prefeitura de Embu das Artes registrou as mortes de três homens, cujas idades de somente dois foram confirmadas (21 e 37 anos).

A Defesa Civil do município interditou 16 imóveis do Jardim Pinheirinho, onde houve o deslizamento. Apesar disso, acrescentou que algumas pessoas "insistem em retornar" à região. Elas são orientadas a não permanecer no local, onde há riscos de mais deslizamentos.

No interior paulista, um homem de 61 anos de idade morreu afogado após ter a casa invadida pela chuva, em Jaú. Em Ribeirão Preto, um homem de 57 anos foi levado pela enxurrada e também não resistiu.

Segundo o governo do estado, serão liberados R$ 15 milhões para dez municípios mais prejudicados pelas chuvas.

"Os recursos anunciados serão destinados aos municípios de Arujá (R$ 1 milhão), Francisco Morato (R$ 2 milhões), Embu das Artes (R$ 1 milhão) e Franco da Rocha (R$ 5 milhões), na Região Metropolitana de São Paulo, e Várzea Paulista (R$ 1 milhão), Campo Limpo Paulista (R$ 1 milhão), Jaú (R$ 1 milhão), Capivari (R$ 1 milhão), Montemor (R$ 1 milhão) e Rafard (R$ 1 milhão), no interior do Estado", diz trecho de nota enviada pela gestão estadual.

O alerta de chuvas intensas com grande perigo se mantém para a maior parte do estado de São Paulo pelo menos até terça-feira (1). As informações são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Segundo o órgão, há riscos de chuvas superiores a 60 mm por hora ou ultrapassando 100 mm por dia. O instituto ainda indicou que há grande risco de alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas em locais que já são considerados áreas de risco.

Para todas as cidades que tiveram mortes, a previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas até a terça-feira. Em alguns momentos, as pancadas podem ser fortes.

A situação só deve ser amenizada na quarta (2) e quinta (3), dias em que a previsão é de muitas nuvens com chuvas isoladas. Já na sexta (4), a previsão é de somente muitas nuvens.


Arquivo Pessoal    Folhapress

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