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Para atrapalhar Moro, Bolsonaro ensaia acordo que pode tirar Roma de cena


 Preocupado com a candidatura de Sergio Moro (Podemos) e a possibilidade dele mudar para o União Brasil, partido com maior tempo de TV e R$ 1 bi de fundo partidário, o presidente Jair Bolsonaro tenta se aproximar da sigla. Um possível acordo poderia incluir a retirada da candidatura de João Roma (Republicanos), ministro da Cidadania, ao Governo da Bahia, para apoiar ACM Neto, secretário-geral do partido que nasce da fusão DEM-PSL.

Antigo secretário de ACM Neto em sua gestão à frente da Prefeitura de Salvador, João Roma carrega o título de candidato do bolsonarismo no estado, ao passo que Neto evita ser associado diretamente ao presidente que tem a sua maior rejeição justamente na Bahia.

Moro hoje é visto por aliados de Bolsonaro como uma grande ameaça, por ter o mesmo eleitorado de extrema-direita. Com o avanço das tratativas de Moro com o União Brasil, integrantes do Planalto tentam passar por cima e aproximar o presidente do partido presidido por Luciano Bivar, com quem rompeu em 2018 após ser eleito pelo PSL.

O filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro entrou na jogada. Em entrevista à CNN Brasil, ele foi enfático ao admitir que mantém conversas com lideranças do UB."Tenho mantido conversas com pessoas dentro do partido para compreender qual o pensamento deles, já que é um partido que ficou do tamanho que ficou por causa do fenômeno Bolsonaro em 2018", declarou.

Neste cenário, um possível acordo passa pela reconciliação de Roma e Neto, que teria rachado desde que o atual ministro assumiu o cargo no governo Bolsonaro. Outro obstáculo seria a própria aceitação de Bolsonaro no estado, que faz ACM Neto ainda resistir a essa vinculação direta.

A vantagem para Bolsonaro é a falta de interesse de ACM Neto em filiar o ex-juiz, diferente de Bivar. O antigo presidente do DEM tem o PDT como aliado e o apoio a Ciro Gomes é uma condição importante para manter a sigla no rol de alianças.

O deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA) avalia como "zero" a chance de Neto se aliar a Roma, assim como a de Moro se filiar ao União Brasil. Na sua avaliação, a melhor estratégia seria o partido não fechar com nenhum pré-candidato à presidência.

"O melhor (para o União Brasil) é não ter candidato a presidente, por conta das nossas diferenças regionais. Tem estado que prefere o Bolsonaro, outros que preferem o Doria e por aí vai", analisou.

Mesmo assim, Bivar articula para tentar levar Moro e chegou a se reunir na última semana com a presidete do Podemos, em São Paulo, Renata Abreu.


Redação BNews

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