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Moro deve concorrer ao Senado se não ampliar intenção de votos até fevereiro


 O ex-juiz Sergio Moro (Podemos), e pré-candidato ao Palácio do Planalto, pode acabar disputando uma vaga no Senado em 2022 se não ampliar sua intenção de votos nas pesquisas de intenção de votos para presidente da República.

De acordo com informações do portal UOL, interlocutores próximos do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) afirmam que, se Moro não chegar a 15% nas enquetes até fevereiro, o ex-magistrado se dedicará à meta de se consagrar senador em 2023.

Pesquisa Ipec, divulgada no último dia 14 de dezembro, mostra Moro com 6% e 8% - nos primeiro e segundos cenários, em ordem. Já a última pesquisa Datafolha de 2021, divulgada dois dias após o levantamento do Ipec, o ex-juiz aparece com 7% das intenções de votos.

Segundo a publicação, no entorno de Moro existe a avaliação de que ele precisará ter um mandato em 2023, seja ele qual for. A percepção teria se reforçado após o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, determinar que a consultoria Alvarez & Marsal informe quanto pagou a Moro.

Moro anunciou sua saída do ministério da Justiça e Segurança Pública em abril de 2020, e em novembro do mesmo ano, a consultoria americana anunciou que o ex-magistrado havia sido assimilado aos seus quadros.

A Alvarez & Marsal atuou como administrador judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato - e, portanto, alvo de decisões de Moro na época que conduzia os processos em Curitiba.  Após a decisão de Dantas, o ex-juiz disse que não enriqueceu - seja no setor público ou privado.

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, que pediu a Dantas para adotar a medida, suspeita que Moro tenha atuado em um cenário de "conflitos de interesses, favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas".

Embora o TCU não integre o poder Judiciário, sendo um órgão administrativo autônomo, mas as informações prestadas pela Alvarez & Marsal podem servir como base para a abertura de uma investigação judicial contra Moro.

Portanto, seria urgente, na avaliação dos interlocutores do pré-candidato, segundo o portal, que Moro obtenha um mandato nas próximas eleições. Como senador ou presidente da República, Moro responderia judicialmente perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda segundo esses interlocutores, neste primeiro momento, a suspeita levantada contra Moro tem muito mais consequência política do que jurídica. Seria o primeiro movimento para derrubar as intenções do ex-juiz de ser eleito presidente da República em outubro.

A depender do desempenho de Moro na campanha, a ofensiva pode crescer e chegar ao Judiciário.

O colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles, noticiou no último domingo (2) que o Podemos procura um advogado especializado em combater ‘fake news’ para integrar a equipe de campanha do ex-ministro bolsonarista ainda em janeiro.

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Marcelo Camargo/Agência Brasil  

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