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Da tão aguardada vacinação ao temor das novas variantes; relembre os fatos da pandemia que marcaram 2021


 Se enganou quem achava que 2021 seria diferente de 2020 em relação à pandemia da Covid-19. O vírus que mudou completamente a rotina da população e já matou mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo continua fazendo vítimas e deixando diversos prejuízos para a economia, atualmente com uma proporção bem menor, pelo menos no Brasil, graças ao início da vacinação.

Desde o começo da imunização ao surgimento de novas variantes, os fatos ganharam destaque nos noticiários durante o ano. Mas, se você não se lembra de tudo, não se preocupe. O BNews fez uma retrospectiva das principais notícias relacionadas ao coronavírus que mais marcaram 2021. Confira:

Início da vacinação

Em 17 de janeiro, por unanimidade, os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford contra a covid-19

A maioria na direção da agência foi alcançada quando o diretor Alex Machado Campos tornou-se o terceiro a votar favoravelmente à imunização em caráter emergencial com as duas vacinas.

No mesmo dia, a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, se tornou a primeira pessoa a ser vacinada contra a doença no Brasil [foto acima]. A vacinação ocorreu no Hospital das Clínicas de São Paulo, pouco depois de a Anvisa autorizar o uso por unanimidade das doses importadas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz.

Na Bahia, a primeira pessoa a ser a primeira dose do imunizante foi a enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos.  Ela trabalha no Instituto Couto Maia, na linha de frente no combate à pandemia. Ela recebeu a primeira dose da Coronavac no dia 19 de janeiro no santuário das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Além dela, foram imunizados na mesma cerimônia simbólica, uma idosa de 83 anos, uma indígena e um médico do Samu.

Primeira pessoa vacinada na Bahia

De lá pra cá, o uso de outros imunizantes. como o da Pfizer, foram aprovados pela Anvisa e a comprovação da vacinação passou a ser exigido para acessar alguns ambientes como é o caso dos shows. Além disso, foi iniciada a estratégia para aplicação da terceira dose da vacina.

Colapso em Manaus

Em meio ao início da vacinação, a cidade de Manaus, capital do Amazonas, enfrentou uma crise sanitária e colapso do sistema de saúde devido à disparada no número de casos de Covid-19.

Junto com as notícias da falta de equipamentos e de cilindros de oxigênio para tratar pacientes com covid-19, vieram também do Amazonas relatos dramáticos da alternativa à qual algumas equipes de saúde recorreram para lidar com a falta de aparelhos de ventilação mecânica: a ventilação manual.

Com a falta de oxigênio nos hospitais, familiares de pacientes infectados com Covid-19 fizeram filas na porta de uma empresa privada fornecedora de cilindros.

oxigênio em manaus

Por causa do caos, alguns pacientes de Manaus precisaram ser transferidos para outros estados que disponibilizaram leitos de atendimento. 

A White Martins, uma das principais fornecedoras de oxigênio para os centros de saúde de Manaus, afirmou que as "autoridades responsáveis" chegaram a ser avisadas sobre a possibilidade de faltar oxigênio medicinal na capital do Amazonas.

Troca no Ministério

bolsonaro e queiroga

Dois meses após a crise em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro decidiu trocar o comando do Ministério da Saúde. Foi a terceira troca na pasta em menos de um ano. Pressionado por falhas na gestão na pandemia, principalmente pelo ritmo lento na vacinação, Eduardo Pazuello deixou o cargo no mês de março. No lugar dele, o chefe do executivo escalou o médico Marcelo Queiroga.

Queiroga teve o desafio de assumir a logística de compra e distribuição de vacinas contra a Covid-19 no momento mais crítico da segunda onda da pandemia, que chegou a registrar mais de 2 mil mortes diárias.

CPI da pandemia

Em 29 de abril, ocorreu a primeira sessão da CPI da pandemia. Após realizar seu primeiro discurso como relator, Renan Calheiros apresentou seus primeiros requerimentos no posto da CPI.

Na ocasião, Calheiros propôs encaminhamentos, solicitando a integridade de documentos relacionados ao processo de negociação e compra de vacinas e insumos pelo Ministério da Saúde; todas as medidas tomadas pelo governo ao que diz respeito a contenção de contaminação pelo vírus; e todos os documentos relacionados a tratamentos sem eficácia comprovada incentivados pelo Governo Federal.

cpi da pandemia

Em quase seis meses de trabalho, a CPI da Pandemia colheu mais de 50 depoimentos, quebrou 251 sigilos, analisou 9,4 terabytes de documentos e fez mais de 60 reuniões, marcadas por intensos embates.

Em suas 1.180 páginas, o relatório final da CPI recomendou o indiciamento de 66 pessoas físicas e duas pessoas jurídicas. Os indiciamentos têm relação com o negacionismo em relação ao vírus e às vacinas, que teria aumentado o número de mortos no Brasil; com as suspeitas de corrupção nas negociações para a compra de vacinas pelo Ministério da Saúde; e com as mortes que teriam sido provocadas pelo uso de tratamentos sem respaldo científico contra a covid-19.

Disparada de casos e mortes

Mortes por covid-19 crescem na bahia

No dia 7 de abril, a Bahia bateu o recorde de mortes por covid-19 em horas com 189 óbitos . Além do recorde de óbitos, o estado registrou no mesmo dia 3.172 novos casos de coronavírus. 

Os números representaram na época uma taxa de crescimento de 0,5% no número de casos registrados no estado. Anteriormente este recorde havia sido no dia 31 de março, quando houve registro de 160 mortes

Bahia chegou a ficar entre os 14 estados brasileiros que registraram recorde mensal de mortes por Covid-19. Entre os dias 1º e 27 de março, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) registrou a morte de 3.067 baianos.

O cenário é bem diferente de hoje. Neste sábado (25), por exemplo, o estado registrou uma morte provocada pela doença. Até o momento, a Bahia contabiliza 27.464 vidas perdidas pela Covid-19. O atual número de casos ativos da doença na Bahia está em 2.935.

Novas variantes

Detectada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, a mutação do vírus SARS-CoV-2 (causador da Covid-19), conhecida como Variante Delta, assombrou diversos países em 2021, inclusive o Brasil.

Até o dia 21 de outubro, a Bahia já registrava 190 casos sequenciados de infecção pela variante delta do coronavírus, mais transmissível e contagiosa, com três mortes pela cepa. Na época, a infecção pela variante no Estado representava quase a totalidade dos sequenciamentos feitos.

Em novembro, A Organização Mundial da Saúde (OMS) batizou como ômicron a nova variante do Sars-Cov-2 -causador da Covid-19 sequenciada pela primeira vez na África do Sul.

Balanço divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Saúde indica que foram registrados 45 casos no Brasil da nova variante

imagem ômicron

As infecções foram registradas em São Paulo (27), em Goiás (4), em Minas Gerais (3), no Rio Grande do Sul (3), no Ceará (3), no Distrito Federal (2), no Rio de Janeiro (1), no Espírito Santo (1) e em Santa Catarina (1).

avanço da nova cepa, atrapalhou o Natal de muitas famílias em todo o mundo. De acordo com o site de rastreamento Flight Aware, cerca de 4.300 voos programados para este fim de semana foram cancelados.

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Divulgação    Diego Vieira

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